O POVO NAO MERECE
Felizmente, para felicidade geral da nação, ou de boa parte dela, terminou mais um show de promiscuidade produzido e apresentado pela poderosa Rede Globo, a dona do pedaço da comunicação brasileira.
Semanalmente, durante três longos e odiosos meses, a banda sadia da população se viu novamente obrigada a ouvir diariamente, aos quatro cantos do país, as manifestações de 20/25 milhões de imbecis fanáticos empenhados num fantástico debate cívico: a escolha do (a) imbecil padrão do Brasil. É melhor adjetivar como imbecil do que usar uma definição bem mais apropriada.
Devemos respeitar as diferenças e as deficiências dos nossos semelhantes, pois todos nós as temos, trazidas de berço. Contudo, o perfil dessa legião de alienados é digno da população de um zoológico, instinto animal. A maior parcela de público é encontrada na faixa de crianças e adolescentes que são facilmente identificados pelas atitudes e comportamentos anti-sociais, os quais são definidos pelos especialistas na matéria como vítimas da absoluta ausência de proteção, orientação e exemplo familiar.
No segundo time, adultos jovens, “baladeiros”, confessos amantes das orgias, das festas alucinantes animadas com drogas e sexo liberado, recheadas com muita violência e liberação de adrenalina.
Resta o escalão da melhor idade, saudosistas dos bons tempos da juventude, daqueles tempos onde os conceitos morais ainda eram respeitados, ou quase, e pais, professores e as autoridades reprimiam os instrumentos causadores de danos ao caráter e a personalidade. Atualmente, a degeneração, nesses casos, é iniciada no seio da própria família, formadas por pais desajustados, nas escolas, invadidas e dominadas pelas organizações criminosas e educadores pedófilos, nas igrejas, com falsos pastores.
Esses pelotões pertencem às classes média e de alta renda. Proprietários de celulares de conta, carrões do ano, usam roupas de griffe, freqüentam locais vips, moram em apartamentos ou mansões de luxo. Podemos nomeá-los oficiais das bandalheiras.
No entanto, podemos contar também os soldados rasos, que vivem nas casernas das periferias, nos guetos, as infantarias pesadas, encontradas nos “pancadões”, cachorros e cachorras, como fazem questão de serem chamados.
Todos juntos podem chegar a 30% da população, sendo minoria, no entanto, são privilegiados com o espaço gratuito e os holofotes da Rede Globo, com exclusividade no Big Brother Brasil, e com destaque nas novelas, onde ganham brilho os personagens pilantras, as prostitutas, os traficantes, as ninfomaníacas de todas as idades, os policiais corruptos e todos os demais componentes do mundo cão.
Ainda somos 70%, porém, um exército de paz e de esperança, acuados e acovardados pelos Brothers da TV Globo, soldados que procuram refugio nas igrejas, nas suas casas falsamente protegidas por altos muros, grades, cadeados, sistemas de alarme. ESPERANÇA: UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL
As mais recentes operações realizadas pelos Ministérios Públicos e a Polícia Federal em todo o país acenderam uma luz no fim do túnel.
Dessa vez a lei invadiu as fortalezas dos chefões das máfias nacionais, prendeu e colocou na cadeia os bandidos que haviam tomado de assalto os altos escalões das instituições governamentais.
Seria infantil acreditarmos que é o início do fim da impunidade, que o bem venceu o mal, que o Estado retomou a sua autoridade.
Mas, esse é o nosso verdadeiro Big Brother, afinal, somos 70% e a maioria. Não precisamos ir as armas. Basta que tenhamos coragem para encurralar os que ainda continuam encastelados nos poderes. Exigir daqueles que não foram alcançados nessa avançada cívica que exerçam suas obrigações e responsabilidades, sob pena de também receberem o mesmo tratamento. Está na hora de todos nós usarmos o telefone, os correios, as emissoras de rádio e de televisão, os jornais e revistas, a exceção da Rede Globo, para exaltarmos a banda boa da justiça e das polícias e também cobrarmos o fim da impunidade.
Está na hora de exigirmos que sejam pagos a esses bandidos os prêmios de um milhão de anos de cadeia, em honra e homenagem aos nossos mortos, feridos e mutilados.
Também está na hora da Justiça decretar o arresto das fortunas amealhadas por esses criminosos e restituí-las aos seus legítimos donos, os excluídos do povo brasileiro.
Paulo Carneiro
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