A fala da ministra Rosa Weber para tentar justificar o seu voto contrário, expõe uma questão que temos de analisar: “Não se cogita de Estado social ou Estado Democrático de Direito que não se assente em sólida proteção ao trabalho e equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e a livre iniciativa”.
Tal afirmação nos arremete a uma simples, mas profunda resposta: Essa atitude é própria da crise geral do capitalismo burocrático, que está exigindo em todo mundo um remanejamento e decretando o fim dos “Estados de Bem Estar Social”, ou os “Estados Democráticos de Direitos”. Pois nessa fase o imperialismo sobrevive é da usura financeira e da exploração e opressão de suas colônias e semicolônias. É o apodrecimento do capitalismo democrático.
Mas também temos de ressaltar que nessa crise têm ocorrido grandes batalhas contra os planos de austeridades impostos para dar sobrevida ao imperialismo. Que às massas em movimento, tem se temperado no fogo da luta de classes e adquirido uma consciência e se organizando de forma internacionalista, para combater o imperialismo e conjura-lo por completo.
Através de sua cartilha de desmonte e submissão de seus gerentes, os grupos de poder, cria formas para desmontar os movimentos sociais e principalmente os Sindicatos e organizações operárias, o que conseguiu com o oportunismo no poder em vários países e no Brasil por quase 14 anos, causando a paralisia dos movimentos e distribuindo cargos para forçar a capitulação de “dirigentes” e com a famigerada “reforma” trabalhista (lei 13.467/17) e agora com a “Terceirização Sem Limites”, aprovada nessa quinta-feira (30/08) pelos “soberanos” ministros do STF, que gozam de um altíssimo salário e são assegurados pelas leis de benefícios de serem do funcionalismo público, mas que por 7 votos a favor e 4 contra, busca colocar uma “pá-de-cal” e concluir o duro golpe contra os direitos dos trabalhadores e as organizações populares e sindicais, já que com a terceirização, muitos trabalhadores não terão os mesmos direitos garantidos e nem a mesma representatividade.
A votação no STF foi mais uma clara demonstração de que estas instituições, que tem toda uma roupagem de “democráticas”, não estão nem aí com o trabalhador, apenas cumprem protocolos para proferirem decisões já tomadas nas mesas de negociações em Washington, mas precisamente no Pentágono, nesse complicado tabuleiro de xadrez, que movimenta suas peças de acordo com seus interesses. A desculpa deslavada dos que foram a favor, foi a de que “estavam vendo o lado dos trabalhadores, que estão sofrendo”, da mesma forma que alguém pega uma ave e corta suas asas, falando que é para ela não se perder, ou ser vítima de predadores.
Por isso é tarefa de todos os Sindicalistas classistas e combativos, debaterem a necessidade de se unir e preparar uma vigorosa greve geral por tempo indeterminado, fugindo das garras das cúpulas dessas centrais governistas, chapa branca e pelegas. Temos que agir de forma organizada e no fogo da luta ir criando um Comando de Lutas Classistas, para não permitir que oportunistas eleitoreiros cavalguem as massas, levando-a para a ilusão parlamentar. A cada ação desse velho Estado de grandes burgueses e latifundiários a serviço do imperialismo, principalmente ianque, nos mostra que o Brasil precisa de uma grande Revolução, única forma de destruir esse velho Estado e sobre suas cinzas, construir sólidas estruturas para com tijolo, por tijolo construamos uma nova e verdadeira democracia, implantando uma nova política, uma nova economia e uma nova cultura.