UM DIA COMUM, EM UM MÊS DE NOME JUNHO, EM UM ANO 12 DEPOIS DE 2000 – DE NÚMERO SEIS!

Hoje acordei às 5 horas da manhã com o canto dos meus galinhos garnizés - Nelson Ned e Franceleudo. Fiz café, dei bom dia ao meu cachorro Gravata, tratei dos pássaros que vêm comer em meu quintal, alonguei e fui caminhar. Levei canjiquinha para os pássaros do caminho, acordei o sol lá pelas palmeiras imperiais que conseguiram sobreviver na linha vermelha, e vi o vento sul, chegando matreiro e frio, por trás da linda lua que se escondia no horizonte.
Voltei!
Tomei um café da manhã especial, conversei com Deus através do meu jeito de orar, emocionei-me com o que senti na alma, e mais uma vez admirei o vermelho sol que já se mostrava bem nítido no horizonte. Um lindo sol de junho, com uma luz dourada que me alimenta a alma.
Abri o computador, lembrei-me do aniversário da minha sobrinha e da exposição do Niltinho onde ontem estive - e fui às mensagens. Um falar lindo do Galeano e fotografias enviadas pelo meu filho Diego, com textos em inglês que a própria emoção da fotografia traduz – sorte minha que não manjo nada de inglês! Alimentei-me de emoção com esses recebimentos tão especiais e que também partilho com outras pessoas. Uma emoção de embebedar a ponto de fazer chover! 
Diz para mim, dinheiro compra isto? Alguma droga consegue fazer acontecer tão bem, sem deixar restos ruins para muitos? Para isto, você tem que trabalhar a sua alma, podar uma série de arestas e adquirir muita flexibilidade nesta aventura terrena chamada vida! Uma aventura que dói mais do que produz prazer – pelo menos tem sido assim para mim! E que bom, pois, não sou sábio bastante para crescer no prazer – tenho que passar pela forja!
Hoje é dia 06/06/2012 – e o dia ainda nem começou!
Vou ao sítio almoçar com meu pai, que está com quase 90 anos, e chorar um local que está indo embora, em virtude desse progresso inevitável, e que me viu crescer! Rir e comer de uma gostosa comida feita pela Adriane, a ouvir os pássaros lá fora a se alimentarem em um chão de canjiquinha. Um prazer tão simples, como simplíssima é a felicidade que, de tão simples, torna-se invisível para muitos que a procuram em lugares absurdos, com preços absurdos! 
E programar o dia de amanhã, sem deixar espaços para um fantasma que assombra a tantos, e do qual eu já experimentei, de nome depressão.
Um bom dia para todos. 


EU SÓ NÃO SABIA QUE, POUCOS MESES DEPOIS DESTE TEXTO, EU PERDERIA MEU PAI E MINHA ESPOSA - COISAS DA AVENTURA VIVER! 29/03/2014

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