A manifestação dos professores

As manchetes dos jornais hoje, primeiro de outubro deveriam ter sido

GANGUE CHAMADA PM INVADE CENTRO DA CIDADE E PROMOVE VANDALISMO ou

PM ESPANCA, LANÇA ROJÕES, USA ARMAS QUÍMICAS E LEVA PÂNICO AS PESSOAS ou

SÉRGIO CABRAL E EDUARDO PAES AUTORIZAM MASSACRE DE PROFESSORES ou

RIO VIVE NOITE DE TERROR COM BARBÁRIE DOS INTEGRANTES DA GANGUE DA PM

e vai por aí afora


O papa Francisco numa entrevista ao jornal LA REPUBBLICA, afirmou que a Cúria Romana "é a lepra do papado. Tem a natureza vaticanocêntrica e narcisista". Surpreendente.


Hoje, já com uma perspectiva diferente, se vê os motivos da rebelião tanto da polícia militar como da policia civil, quando o então governador Leonel Brizola proibiu invasão de casas em favelas e exigiu que as prisões fossem feitas segundo a constituição. Ou flagrante, ou mandado judicial. Não estão acostumados a respeitar a lei, embora existam para tanto. Foi onde surgiu o boato via GLOBO, que Brizola tinha feito um pacto com o crime organizado. O pacto de Brizola foi com a lei.


A invasão da casa de um militante partidário no Rio Grande do Sul por policiais civis a mando do governador Tarso Genro não é novidade. Tarso sempre foi um político personalista, lobo em pele de cordeiro. Livros marxistas, como no tempo da ditadura, foram apreendidos. A ambição política de Tarso não tem tamanho. Em 2002 traiu seu próprio companheiro de partido, o governador Olívio Dutra e entregou o estado a um político desclassificado, Germano Righoto e logo em seguida Yeda Crusius. Ao longo de sua carreira tem deixado um traço de traições constantes e ambições desmedidas. É outro que ocupa um lugar numa espécie de panteão podre da violência e da estupidez.


Os trabalhadores e a própria classe média (sempre de joelhos convidando o patrão para jantar) não percebem, ou se percebem - no caso da classe média - acha que chega ao topo porque tem dois carros na garagem e . uma piscina do tamanho de uma banheira, que vamos sendo emparedados e cada dia que passa a barbárie toma conta do Estado, vira regra geral nos governos, que se sustentam num instrumento covarde a que chamam de Polícia Militar. Uma professora, Elizabeth Fonseca, pode ter morrido de infarto durante as manifestações dos professores do Rio. Com certeza não acreditava que tamanha estupidez pudesse acontecer, como aconteceu, na noite do dia primeiro de outubro. E ainda mais com um professor. Aos 67 anos de idade estava nas ruas lutando por um salário digno, condições decentes de trabalho. A ação criminosa da quadrilha PM, sob a batuta de Sérgio Cabral e de Eduardo Paes, com omissão do governo federal, matou uma cidadã. Gás lacrimogêneo, spray de pimenta, choque elétrico, armas químicas e aparelho de barbárie. Para proteger o que? Um prefeito corrupto, um governador corrupto, a casa de Luciano Huck em terreno de preservação ambiental em Angra dos Reis, sapatos de cinco mil dólares em Paris pagos por Cachoeira na propina nossa de cada dia, enfim, o desprezo pelo ser humano. Não há saída fora das ruas, o quadro institucional é de falência, de vergonha, de corrupção e marchamos para um precipício bem ao gosto da direita. E com certeza Elizabeth Fonseca que inalou os gases da boçalidade, não será a primeira e nem a última se não entendermos que na parede somos vítimas fáceis dos bandidos que se apossaram do poder.


É a diferença entre a força moral, a da professora, e a estupidez animalesca da força física.
Uma professora perigosíssima... verdadeira ameaça à integridade física do braço armado repressor do Estado.
A sociedade brasileira está estarrecida ao ver tanta violência por parte de nossos educadores e não pera. — em Futuros Professores de História

 

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