A GRANDE COLÔNIA EUROPÉIA

O presidente francês Nicolas Sarkozy investiu furiosamente contra os ciganos, emigrados das mais variadas origens em discurso onde prega o "francês puro". Escapou a mão direita que tentou segurar por algum tempo disfarçando o caráter fascista de seu governo

Uma onda contra não europeus varre a maior parte dos países da Europa Ocidental, hoje colônias norte-americanas. Têm governos autônomos para questões internas, mesmo assim até certo ponto e não dispõem de autonomia alguma quanto a política externa.

É desenhada e definida em Washington.

Centenas de bases militares norte-americanas disfarçadas de OTAN (ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE) garantem o domínio norte-americano sobre os antigos colonizadores.

Grã Bretanha (em tempos idos o orgulho dos britânicos era proclamar que no Reino Unido o sol não se punha), Itália e Alemanha são as três principais colônias.

O máximo que sobrou para os ingleses é o velho rapé com que espirram e cofiam os seus bigodes.

Esse preconceito é velho nos Estados Unidos. Milícias organizadas por cidadãos norte-americanos tomam conta da fronteira com o México tentando impedir que latinos cruzem a fronteira.

O tratamento dado a imigrantes ilegais em países europeus e nos EUA beira o que nazistas aplicavam a judeus, ciganos, negros e adversários políticos em seus campos de concentração.

Muçulmanos são os alvos principais. Um dirigente britânico disse no parlamento inglês que "muçulmanos se reproduzem como coelhos e ameaçam a integridade nosso país, nossa liberdade".

Bombardear o Iraque, o Afeganistão com pretextos falsos para assumir o controle do petróleo e dos principais "negócios" - tráfico de drogas e de mulheres - pode.

A indignação do presidente francês com aqueles que não têm sangue puro passa pela acentuada queda nos índices de natalidade em seu país e a perspectiva que o número de descendentes de emigrados possa ser, já em 2020, maior que os de "puro sangue".

Não faz a menor diferença se olharmos a economia européia. Ou dos principais países da Europa Ocidental, exatamente Grã Bretanha, Alemanha e França. Giram em função de Wall Street.

Crescem e exibem números pomposos em relação à crise que devasta o capitalismo, mas escondem que esse crescimento é como rabo de cavalo, para baixo, pois o controle está além fronteira, além mar.

A transformação dos EUA de nação em um grande conglomerado de empresas (controlam as forças armadas e os serviços de inteligência) abre caminho para que a Europa Ocidental se transforme num museu, o epíteto de "velho mundo" aplicado àquela parte do continente europeu seja real e um muro de bases militares da OTAN (comando dos EUA) funcione como garrote vil tal e qual nos tempos do generalíssimo Franco na Espanha.

Essa realidade acaba por conferir à América Latina uma importância decisiva no processo de construção de uma alternativa política e econômica ao modelo norte-americano e a partir da unidade plena e absoluta.

A despeito de todos os esforços de sucessivos governos dos Estados Unidos ainda não foi possível a desejada ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO SUL. Uma espécie de arremate do processo de governo mundial (Fidel Castro adverte sobre isso) com sede em Washington, filiais em Wall Street e Tel Aviv.

Sarkozy, a não ser que produza um milagre, é presidente de um mandato só (os presidentes franceses têm mandato por sete anos e podem ser reeleitos uma única vez).

Não está à altura da história da França, mas é pertinente com a decadência da Europa Ocidental.

O último presidente francês foi François Miterrand. "Depois de mim o dilúvio". Um dos luíses ao se achar divino, num tempo em que a França era divina.

O que a França vai fazer sem os ciganos, sem os latinos, sem os negros, sem os muçulmanos? Parar? Entrar em processo de balanço para encerrar as atividades?

Ou qualquer país da Europa Ocidental?

Costuma-se dizer que quando da 2ª Grande Guerra o ditador português Oliveira Salazar, simpatizante de Hitler, cobriu Portugal com um grande pano preto e pintou para os aviões que passassem por lá - "Portugal mudou-se".

Não tem como a França mudar. Mas tem como mudar de presidente.

No século XXI que se seguiu ao século onde as últimas colônias transformaram-se em países, nações independentes, os antigos colonizadores estão a virar colônias.

Há uma dedução imprescindível em torno do discurso do presidente da França. Está de volta a velha presunção - preconceito - dos brancos arianos contra povos latinos, árabes, ciganos, negros e isso tem raízes em Washington e no sionismo do estado terrorista de Israel.

Engana-se quem pensa que Obama é negro. Só a pele.

A Europa hoje é uma grande colônia dos EUA. Já e já um campo de concentração de emigrantes, especialmente latinos e muçulmanos.

Que o diga a família do brasileiro Jean Charles.
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