"LIBERDADE DE EXPRESSÃO"

O encontro de empresários do setor de comunicação em São Paulo, no início de março, determinou a pauta geral para os meses que se seguem e até a eleição de outubro, quando será escolhido o futuro presidente da República.

Montada e regida por organizações internacionais que controlam a grande mídia no País, o encontro selou a declaração de guerra contra o governo do presidente Lula, a eventual eleição da ministra Dilma Roussef e a campanha aberta e escancarada para José Collor Arruda Serra, governador de São Paulo e funcionário da Fundação Ford.

É só olhar, passar os olhos, nas manchetes dos grandes jornais, das revistas e no noticiário das maiores redes de tevê do Brasil. O que for bom esconder, o que for negativo mostrar e se negativo não existir, inventar.

Por volta das 21 horas de segunda-feira, 15 de março, a Rádio Globo, em cadeia nacional, no programa do horário, colocou em debate o tema “liberdade de expressão”. Os ouvintes poderiam dar sua opinião respondendo a uma pergunta sobre se a “imprensa tem ou não o direito de noticiar fatos envolvendo a vida particular do jogador Adriano?”

A julgar pelo teor das respostas os objetivos básicos da mídia têm sido cumpridos. Alienação total e absoluta. Discute-se um tema menor, chulo, a maneira como foi colocado, sugere-se que o cidadão esteja opinando, abre espaços a segundos de glória aos microfones da GLOBO (rádio) e no final a mídia pode tudo e não deve satisfações a quem quer que seja.

Um desses jornais de cinqüenta centavos, que cumpre esse papel, vender escândalos, parte dessas grandes redes de comunicação, GLOBO principalmente, numa edição de fim de semana, de suas 32 páginas usou 12 para mostrar que Adriano promove festas em sua casa onde rolam drogas, sexo bizarro, toda a sorte de comemorações e “integrações” passíveis de serem imaginadas.

“Liberdade de expressão” no entender da GLOBO, a mídia como um todo, é o direito de discutir a vida de Adriano.

A idéia que toda a sorte de atentados cometidos contra a cidade de São Paulo pelo prefeito Gilberto Kassab, ou o estado de São Paulo, pelo governador José Collor Arruda Serra, possa ser objeto de discussão e debate num programa de rádio, ou num simples noticiário, essa não, não é “liberdade de expressão”. É tratar de esconder afinal quem sustenta essa gente, mídia, são essas quadrilhas de banqueiros, latifundiários, empresários através de agências de propaganda, de acordos torpes em que o dinheiro público paga a dívida privada, toda essa podridão que é o cerne da grande mídia.

Imaginar que a corrupção generalizada no governo do Rio Grande do Sul possa ser tópico de um debate popular num programa de rádio, ou veiculada de qualquer forma, como, se as emissoras gaúchas de tevê, os jornais e revistas são financiados pela governadora e parte do processo?

Já se aventou, em algum veículo de comunicação levantar o véu da corrupção no extinto estado do Espírito Santo, hoje latifúndio SAMARCO/ARACRUZ/VALE? Quem é Paulo Hartung o quadrilheiro que governa a “propriedade”?

E não é só na oposição não. Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, irresponsável, leviano, inconseqüente.

“Liberdade de expressão” no entendimento da GLOBO, de VEJA, de FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE MINAS, RBS, etc, é o direito de garantir o esquema corrupto e venal montado a partir do governo Collor, com breve hiato no governo Itamar e força absoluta no governo FHC.

Mais ou menos assim. O avião cai, morrem mais de 150 pessoas e a culpa é pela falta de ranhuras nas pistas do aeroporto, falta de condições para aterrissar em caso de chuva. Pau no governo. No dia seguinte descobre-se que o avião tinha um defeito, mas o defeito não inviabilizava o pouso, continuam as críticas ao governo. No terceiro dia se percebe que além de um defeito contornável, o reverso, a manutenção era deficiente e uma das turbinas se incendiou.

Culpa da companhia? Não, do piloto.

Lula não é adversário por ser bom ou ser ruim. Lula é adversário por contrariar interesses dessa gente.

A perspectiva de integração latino-americana, de Brasil caminhando por sua próprias pernas, livre, soberano, independente e buscando justiça social, isso arrepia a banqueiros, por exemplo.

É simples. Banqueiros quando estão para quebrar em meio ao desatino do sistema, correm a se socorrer nos cofres públicos, caso do PROER de FHC. O dinheiro dado a essa malta é exatamente o do cidadão contribuinte, muitas vezes, devedor do próprio banco.

Paga duas vezes.  É uma lógica pervertida do capitalismo e vendida pela grande mídia com cara de William Bonner, Miriam Leitão, et caterva.

A banalização da vida, do próprio ser.

“Liberdade de expressão” é poder contar que Adriano contratou anões para sessões de sexo explícito em sua casa, divertindo os convidados de uma de suas festas.

Há muito mais perversão na mídia, em tucanos e DEM, que qualquer dupla, ou trio, quarteto, quinteto, o que seja, de anões fazendo sexo explícito numa festa.

Ah! José Roberto Arruda já está arrumando um jeito de sair da cadeia. O careca que seria o vice de Serra (“vote num careca e leve dois”) ajeitou um entupimento das coronárias.

A importância das eleições presidenciais de 2010 não está cingida apenas a ser Dilma ou não. O fundamental é que não seja Arruda Serra, do contrário o BRASIL, por que mais se repita e possa parecer chato, vai virar BRAZIL e o JORNAL NACIONAL vai ser apresentado em inglês, com legendas.

 

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