O QUE FAZER AGORA? QUEM SABE OBAMA PEDE A BO PARA RESOLVER?

A contundente vitória de Evo Morales nas eleições bolivianas de domingo, seis de dezembro, com mais de 60% dos votos no primeiro turno, maioria no Senado e na Câmara desagradou a Washington, que vê “riscos” no processo socialista implementado pelo presidente indígena.
 
O que vão fazer agora banqueiros, grandes empresários, latifundiários do Departamento de Santa Cruz? Aumentar o tom do discurso separatista?  Morales perdeu em Santa Cruz, mas ao contrário da eleição anterior, teve uma expressiva votação ali. Vale dizer, boa parte dos eleitores do Departamento (que chamamos aqui de estado) deixou de lado as políticas e práticas de extrema-direita das elites econômicas para somar-se ao governo do líder indígena.
 
Mais de um milhão de pessoas foram às ruas em La Paz festejar a vitória do presidente Morales. O significado disso é simples. Os trabalhadores bolivianos, na cidade e no campo, estão saindo da miséria absoluta quase, ditada pelos antigos donos da Bolívia, boa parte deles ligados ao narcotráfico.
 
Os índios que formam a maioria da população daquele país restauram a dignidade boliviana e assumem o controle do país onde são maioria e larga maioria.
 
Estava certo Guevara, na década de 60, século passado, quando escolheu a Bolívia como cenário para sua última luta. Percebera as contradições entre os que ocupavam o poder e um povo escravizado em função de interesses de generais, empresários, latifundiários e banqueiros.
 
A vitória de Evo Morales segue-se à de José Pepe Mujica no Uruguai, um velho combatente do grupo guerrilheiro Tupac Amaru.
 
É uma democracia que não interessa aos EUA.
 
E por não interessar aos Estados Unidos o governo do presidente Obama consentiu, apoiou e é cúmplice da farsa iniciada com o golpe de estado em julho em Honduras e as eleições onde excluíram qualquer chance de candidatos que tivessem como bandeira a refundação de Honduras, como refundadas foram e estão sendo cada vez mais Nicarágua, Venezuela, Equador, Bolívia e outros em menor escala, mas longe do centro terrorista do capitalismo norte-americano.
 
O presidente deveria ouvir a opinião do cachorro da família, agora expendidas em seu twitter. Talvez BO, nome do dito cujo, dissesse a Obama que não tem sentido montar sete bases militares na Colômbia para sustentar o governo do narcotraficante Álvaro Uribe, a pretexto de combater exatamente o narcotráfico.
 
Dois desconhecidos assassinaram o ex-chefe do departamento de combate ao tráfico em Honduras, general reformado Julián Aristides Gonzáles, numa das principais avenidas de Tegucigalpa. O general estava em seu carro e os motociclistas atiraram ao emparelhar com o veículo. Julían Aristides foi afastado do cargo logo após o golpe militar e desde então o tráfico de drogas, com a bênção dos golpistas ganhou contornos de “negócio oficial” no país.
 
A droga chega da Colômbia e é redistribuída para os Estados Unidos. Segundo agentes do próprio departamento antidrogas em Washington, é notório o comprometimento de Uribe, na Colômbia e de Roberto Michelleti, o presidente golpista de Honduras, com o tráfico, como são cristalinas as ligações de Pepe Lobo “eleito” presidente hondurenho e ligado a organização católica e terrorista OPUS DEI, com esse tipo de “negócio”.
 
Os dados sobre o aumento da violência em Honduras, na capital principalmente, desde  julho estão sendo denunciados por organizações internacionais e pela resistência ao golpe naquele país. Nesses meses de governo narco/golpista o número de homicídios em Tegucigalpa é o mais alto de toda a história da capital de Honduras.
 
Obama vê “riscos” na vitória de Evo Morales.
 
E tão somente Morales significa o fim dos “negócios” de empresários, banqueiros e latifundiários bolivianos.
 
Uribe, os paramilitares colombianos, os grandes cartéis da droga, os golpistas de Honduras, ou a corrupção generalizada e a violência do governo de Alan Garcia no Peru nada disso afeta Washington.
 
Obama e seus miquinhos amestrados (não confundir com o good boy BO, dog of the White House) logo vão estar culpando o Irã, a Coréia do Norte, o presidente Chávez e apostando tudo no tucanato/DEM de gente como José Jânio Serra, Aécio Pirlimpimpim Neves para conquistar a jóia da coroa latino-americana, o Brasil.
 
As forças da resistência hondurenha, organizações internacionais de direitos humanos, denunciam que toda a violência em Honduras, a natureza do golpe, sua essência esconde o lucrativo negócio das drogas, onde estão envolvidos militares norte-americanos na base de Tegucigalpa e militares latino-americanos que fazem “cursos de golpes de estado” na referida base.
 
Mas o “risco” é  Evo Morales, produto da vontade pura e legitima de seu povo.
 
Obama deveria ouvir o “good boy BO”, chamá-lo às reuniões matinais da Cervejaria Casa Branca, seria uma forma de pelo menos não enviar 30 mil homens ao Afeganistão para “completar o serviço”.
 
Ou como disse Lula diante da primeira-ministra da Alemanha, a propósito das sanções contra o Irã – “a gente para pedir que alguém não tenha armas atômicas, deve não ter ou destruir as que têm. Estados Unidos e Rússia deveriam destruir suas armas nucleares, todos e todas as armas, do contrário não têm moral para pedir nada ao Irã”.
 
O máximo que o cãozinho d’água português faria, assim que Sasha acordasse, a filha presidencial, seria ouvir um “eu te amo” e em retorno dar uma lambida no rosto de Sasha.
 
Bem melhor que o que quer que seja que Obama tenha feito, ou venha a fazer. Como “preocupar-se” com o “risco” Evo Morales.
 
O risco real são os norte-americanos e o terrorismo capitalista imposto ao mundo em versões padrão William Bonner, “quem quer um bom dia diga eu”, ou através da OPUS DEI e todo o aparato democrata, cristão e ocidental, seja em torno de uma cerveja na Casa Branca, ou mesmo de grandes financiadores da barbárie e do horror do american way life. Coca cola, Mcdonalds, etc, etc.
 
O risco é a turma que “completa o serviço”, face real da barbárie capitalista.
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