A GLOBO NEWS extensão nacional da CNN transmitiu todos os eventos da posse de Barak ex-Hussein Obama. Como sempre faz valeu-se da opinião de "especialistas" para interpretar desde a blindagem do "cadillac" que transportou o casal aos diversos lugares onde aconteceram esses eventos, até aos bailes da noite onde discutiu a importância do presidente saber dançar.
Se morássemos em Marte, ou noutro planeta doutra galáxia a posse de Obama não teria a menor importância. Como moramos no Brasil, na América Latina, especificamente a América do Sul e vivemos uma fase aguda do processo político e econômico do capitalismo, crise, um espirro de Obama pode significar bilhões de dólares em perdas ou ganhos. Afinal exportamos borracha para comprar chicletes já dizia a velha canção do "Subdesenvolvido. Hoje é o agronegócio.
Mas há um aspecto que não se comenta no transformar um fato jornalístico de suma importância, a posse do presidente da maior potência do mundo, em um show, onde os comentários sobre os joelhos da mulher do vice-presidente eleito ganham importância levando-se em conta o frio que fazia em Washington.
É o de embutir a realidade desejada pela mídia, ou determinada à mídia, departamento dos donos do mundo. O de fazer com que as pessoas acreditem que Obama vai dar jeito na vida de todo mundo, ou pelo menos tentar e já prevenir que serão necessários dois anos para que o presidente possa colocar a casa em ordem depois da desordem George Bush.
Empresas como a SADIA já começam a demitir ou a dar férias coletivas a seus empregados, caso da MERCEDES BENZ, na montadora de Juiz de Fora, MG. Nunca montou coisa alguma, achaca o povo da cidade com benefícios, isenções e farras.
Toda a engrenagem do mercado falhou ou emperrou num determinado ponto do percurso e o castelo de cartas desabou aqui e ali e ameaça desabar para todos os lados.
Já circula em alguns bons veículos de comunicação a nova logomarca da GENERAL MOTORS. "CORONEL MOTORS". A FIAT está comprando uma fatia da CHRYSLER. E por aqui o Banco Votorantin compra 23% da ARACRUZ CELULOSE, transformando a empresa, co-proprietária do extinto estado do Espírito Santo, na maior do mundo no setor. O Banco Votorantin estava quebrado até a semana passada. Vendeu 49.9% das ações ao Banco do Brasil e compra quase um quarto da ARACRUZ, em sérias dificuldades uma semana depois. Ambas as empresas pertencem a Antônio Ermírio de Moraes. O dinheiro não. É do contribuinte brasileiro. Do cidadão.
Os constantes discursos do presidente Luís Ignácio Lula da Silva sobre estarmos blindados para a crise não têm nem sentido e tampouco refletem a realidade. O presidente cumpre o papel de capitão do navio à deriva que pede calma aos passageiros enquanto aguarda o bote salva vidas. Obama.
Lula ao tentar inventar um "capitalismo a brasileira" como afirma apropriadamente Ivan Pinheiro atrelou o País de forma irreversível ao modelo neoliberal, ao processo de globalização ditado a partir de Wall Street e Washington e agora quer que Bush venha pescar para espairecer e recuperar-se dos oito anos de faina diária a favor do mundo livre.
Eram parceiros no Haiti.
Obama vai cuidar dos interesses norte-americanos e querem que acreditemos que assim o sendo vai estar cuidando dos nossos também, pois nossas elites pensam e agem como sub-elites do imperialismo dos EUA. No reino FIESP/DASLU os caras ainda usam aquelas perucas empoadas para disfarçar o mau cheiro e se ajoelham à passagem da majestade imperial da matriz ou dos integrantes de sua corte.
Já posso imaginar Hilary Clinton em sua primeira viagem ao Brasil como Secretária de Estado. Se fizer como Reagan e chamar o Brasil de Bolívia vão cair na gargalhada e lembrar à senhora em questão que é Brasil e cobras não transitam pelas principais avenidas como sugerem alguns folhetos de agências de turismo no exterior.
Dizzie Gillesppie pelo menos era mais autêntico, além da música extraordinária. Candidatava-se a presidente do seu país com a plataforma simples de troca da nossa dívida externa por mulatas. Os banqueiros receberiam as mulatas e as transfeririam aos correntistas.
Que milhares de cidadãos norte-americanos se concentrem nas ruas de Washington, ou fiquem grudados aos aparelhos de tevê para assistir a posse do seu presidente em meio a um vendaval que consome empregos e ameaça a maior potência do mundo é normal.
Que a posse desse presidente seja transformada num espetáculo para o mundo inteiro e que jornalistas brasileiros discutam o modelo dos vestidos usados pelas senhoras do presidente e do vice, a presença de ex-presidentes, as ligações de um estilista, o da mulher de Obama com o Brasil, é apenas a cerimônia do Oscar e venda de modelitos que em breve ornarão as vitrines da DASLU.
Obama é diferente de Bush, óbvio. Bush é um terrorista alcoólatra, manietado e controlado por uma organização terrorista sob a batuta de Dick Chaney e grupos sionistas. Isso ficou claro no genocídio praticado contra palestinos pelo governo do duce de Tel Aviv.
É como Bush ser canibal e Obama não. Ou pelo menos Obama coloca sal e algum outro tempero no caldeirão e cozinha em fogo brando. Desculpa-se com o futuro cozido alegando que "são apenas negócios".
Se acrescenta batatas ou não, não sei, mas é possível. Ou brócolis. Há um lobby fortíssimo dos produtores de brócolis nos EUA.
É presidente dos EUA. Não vai modificar nem o modelo, nem o jeito de tratar o Brasil e os países periféricos. Muda só o estilo, o jeito.
A crise que existe de fato entre nós é de modelo. De recobrar a identidade nacional e recuperar o patrimônio público transformando-o não em capitalismo a brasileira, que isso não existe, mas em um projeto Brasil.
O máximo que Obama tem a ver com isso é aceitar as tais relações respeitosas. O resto é show, é espetáculo. Na terça-feira o delírio da turma que veste Wall Street e adora gravatas com as cores da bandeira dos EUA foi orgástico. Levando em conta que à noite ainda tivemos o BBB-9, o bordel em sua casa com os heróis de Pedro Bial, breve a sétima cavalaria vai estar chegando por aqui e anunciando nossa verdadeira "independência".
É possível que tolerem o português até que todos tenham aprendido o inglês. Boa parte já se comunica nessa língua.
E Lula quer uma pescaria com Bush. Se não for mangação do presidente brasileiro é caso de chorar "lágrimas de esguicho" como dizia Nélson Rodrigues.
Ah! Um dado importante. Os serviços de metrô em Washington ficaram prejudicados pelas medidas tomadas pelos serviços de segurança para garantir a vida do presidente. E as prostitutas, apenas toleradas em alguns pontos da capital, foram advertidas que não poderiam trabalhar e não trabalharam. Respeito patriótico.
A colônia agradece penhorada à GLOBO NEWS e se condói da sorte do repórter que levou três horas para chegar ao local de trabalho, num percurso de quarenta minutos. São ossos da subserviência. Deve ter dado tempo de dobrar os joelhos à passagem do casal presidente.