É claro que o fiho vai manter, por um determinado tempo, o emprego na GLOBO. Mas não muito. É só acabar de amarrar Joaquim, cimenta-lo num bloco e atirar ao mar de Miami. “Nada pessoal, são só negócios”.
O jornalista Jânio de Freitas, padrão de dignidade no jornalismo brasileiro, desmontou a farsa das dores na coluna, da “missão cumprida” e colocou a nu as verdadeiras razões da aposentadoria do ministro presidente do STF, Joaquim Barbosa. A figura em questão extrapolou, espantou os chefes com a prestabilidade movida a ódio, estragou tudo com a mosca azul de paladino da moral e dos bons costumes jurídicos e não foi pago bem para isso.
Discrição é um itens que máfias fazem absoluta questão. Joaquim Barbosa achou que estava elevado ao trono de poderoso chefão e o resultado é a aposentadoria e dias de lazer em Miami, no apartamento presente.
Passou por cima de leis, ignorou jurisprudências, omitiu provas, aumentou penas confessadamente para prejudicar os réus , tudo sob a batuta do gangster Gilmar Mendes, esse sim, capaz de compreender o seu papel de pistoleiro no STF – Supremo Tribunal Federal – e cumpri-lo à risca. Por isso sobrevive.
Ao fazer o anúncio, o fez com toda a pompa possível, falou nas dores, na missão cumprida e a moda Jean Bedel Bokassa só faltou dizer que não é canibal. O que é discutível, se levarmos em conta que são possíveis várias formas de canibalismo. Lamentou não continuar para poder ajudar a derrotar os bancos na questão do resíduo dos planos econômicos que prejudicaram e tungaram milhões de brasileiros. Mentira. No que recebeu está incluído o pacote bancos, não pode votar contra essa máfia das finanças.
Fraudou leis para a compra fictícia (parcela do pagamento) do apartamento em Miami.
Sonhou ser candidato a presidente, esteve cogitado para ser o vice do tresloucado Aébrio do Pó das Neves, para o governo de Minas, o governo do Rio, senador, enfim, ganhou capa de VEJA, ante sala do jornalismo de esgoto (a sala é o grupo GLOBO) no Brasil e vive os últimos momentos de uma gloria fugidia. Faz pose para fotos.
Esse destino era o óbvio. Sem conhecimentos jurídicos e sem reputação para exercer o cargo que exerce, qualquer um com um mínimo de perspicácia iria perceber que Joaquim Barbosa era apenas um capitão do mato a perseguir os inimigos dos senhores da Casa Grande e dormia na senzala.
Ao final de sua coluna de domingo, primeiro de junho, FOLHA DE SÃO PAULO, Jânio de Freitas resumiu tudo – pode ser covardia. E é.
O prazo de validade venceu e Joaquim Barbosa é imprestável aos donos, de repente vira um perigo, e por isso recebeu o carimbo de arquivo morto, vai para o lixo, agora e o da História, implacável no julgamento dos covardes.
E Joaquim Barbosa é só isso, um escorpião que se presta a qualquer papel. Esta sendo esmagado com os pés por seus próprios senhores.
- Laerte Braga
- Opinião