José Maria Marins substituindo Ricardo Teixeira é um escárnio. Não muda nada na Confederação Brasileira de Futebol, não acaba com a corrupção (em níveis assustadores com a proximidade da Copa do Mundo) e traz de volta a frase de Flavio Costa, técnico da seleção em 1950, ao afirmar que “o futebol só evoluiu da boca do túnel para dentro do campo”.
O episódio envolvendo Fluminense e Portuguesa é um clássico exemplo disso. A Portuguesa infringiu o regulamento e regulamentos são para serem cumpridos, mesmo na CBF.
Hoje já se sabe que a infração foi induzida dentro do próprio clube paulista por setores da oposição ao atual presidente, através do clássico “erro administrativo”.
Futebol se ganha no campo é uma frase que se tem ouvido com frequência nesse episódio.
Claros foram os erros da patrocinadora do Fluminense ao longo do ano, o maior de todos contratar Wanderley Luxemburgo, um técnico no ocaso e superado em todos os sentidos, além de sua vocação natural para complicações.
Mas é hipócrita a verborragia do confuso comentarista Paulo Vinícius do canal ESPN (tem mania de saber tudo e sabe muita coisa lógico, atropela e corrige os colegas em deselegância total), como gelatinosa a opinião do serrista Juca Kfoury e um tanto lunática as considerações psicanalísticas de Tostão e outros. Dentre as críticas procedentes salva-se por absoluta competência, a de João Máximo, por sinal tricolor.
O esforço da GLOBO para ver o clube carioca rebaixado está na ordem direta do faturamento com o campeonato brasileiro, do qual detém ainda os direitos. Uma segunda divisão com Vasco e Fluminense propiciaria um lucro maior na venda dos direitos de transmissão. São torcidas nacionais e no caso do Vasco, de grandes dimensões.
A CBF tem outro grande problema. Que juiz indicar à FIFA para a copa do mundo? Temos um dos piores quadros de árbitros de nossa história. Árbitros caseiros, árbitros incompetentes e árbitros que seguram resultados, possivelmente outros tipos, digamos assim.
A pretensão do Fluminense em voltar à primeira divisão como consequência de um erro da Portuguesa é legítima. A Portuguesa violou o regulamento e até prova em contrário regulamento é para ser seguido, do contrário é pegar as folhas que o compõem e dar-lhe outro uso.
Não exime a diretoria, principalmente a patrocinadora do Fluminense, dos erros cometidos ao longo do ano, mas isso é outra história, é uma questão interna do clube, como interna foi o erro a que foi induzido o presidente da Portuguesa, só que, violando o regulamento.
A média da imprensa esportiva brasileira se bate com todas as forças pela moralização do futebol a começar pelos dirigentes. Pois que se bata para que regulamentos sejam cumpridos, do contrário o campeonato brasileiro vira luta de vale tudo menos tirar sangue.
Que tal uma ampla investigação sobre as atividades e gastos da CBF? Todos sempre terminaram em pizza.
Não há tapetão como pretendem. Existe o regulamento.