ABSTINÊNCIA DE BARBÁRIE

A manifestação de professores na terça-feira dia 8, se presta a várias interpretações. A primeira delas é que se até mais ou menos 22 horas a Polícia Militar conseguira segurar a abstinência de barbárie, bastou um fósforo aceso para a boçalidade se manifestar plena. O que era um ato político legítimo e garantido pela Constituição, numa determinada parte da cidade do Rio de Janeiro, Cinelândia, se transformou num conflito. E como a estupidez não tem limites vários bairros ao redor sentiram o aroma das armas químicas usadas pela Polícia Militar. O bairro de Fátima os moradores reagiram tampando garrafas nos policiais.

A segunda, a magnífica lição de democracia e luta popular dos professores. Ao longo da caminhada agregaram vários outros trabalhadores e pessoas que iam para suas casas e resolveram perder o medo e gritar contra governantes corruptos.

A repercussão foi nacional – como dizia Brizola, “o Rio é o tambor que ecoa em todo o País”. Ultrapassou as fronteiras do País. Mostra um Brasil diferente do de Luciano Huck (protegido de Sérgio Cabral e com casa em balneário à margem da lei). Só faltou Joaquim Barbosa e seu novo amigo Gilmar Mendes. É possível que estivessem em Miami.

As manchetes da mídia nacional (podre) é a terceira interpretação. O jornal O GLOBO, principal do País, falou em 20 mil pessoas presentes, embora em comentário durante a manifestação um repórter da REDE GLOBO, parte do grupo, tivesse falado em 10 mil (naturalmente orientado pela direção). Os cálculos reais falam em 100 mil pessoas e as fotos demonstram esse número a não ser que a aritmética tenha mudado.

A expressão baderneiro foi repetida a exaustão na cobertura da GLOBO, o interesse em fixar essa característica em determinados grupos de lutadores populares, esquecidos da grande baderna organizada pelo governador Sérgio Cabral e pelo prefeito Eduardo Paes, regendo a orquestra da violência da Polícia Militar.

O corpo de Amarildo, um pedreiro da favela da Rocinha continua sumido até hoje, mas já se sabe que foi preso e torturado até a morte por policiais militares de uma Unidade de Polícia PACIFICADORA.

Dez já estão indiciados.

O bairro de Lins está militarmente ocupado enquanto montam a estrutura de uma dessas unidades,, nunca é demais lembrar, concebidas por Israel para reprimir palestinos e exportada para diversas partes do mundo.

Em São Paulo, maior cidade do País, o mesmo espetáculo degradante. Policia Militar versus povo.

O Brasil é um país fantástico. Temos até banqueiros socialistas apoiando uma candidatura evangélica.

A justiça determinou que os professores paguem multa por dia de greve, 200 mil reais, retroativo a três de setembro, por prejuízos causados a alunos. Alunos estavam na manifestação ao lado de seus mestres.

A justiça, parte dela, parte expressiva, também filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro.

Em Two and a Half Man, uma série de teve dos EUA de alcance mundial e excelente até a saída do ator Charlie Sheen, o personagem Alan, o clássico certinho, ajustadinho, se casa pela segunda vez (a primeira mulher tem dúvidas sobre sua sexualidade), após ter ganho 500 milhões de dólares e é chutado pela mulher quando o dinheiro acaba.

Ao retornar à casa do irmão, rico e desregulado no bom sentido, muito bom por sinal, fica constrangido ao perceber que a tristeza das pessoas era por conta de um bolão sobre até quando duraria o casamento. A ex-mulher ganhou, a primeira.

Houve quem apostasse até quando a PM conseguiria segurar a baba do ódio e da estupidez na manifestação dos professores. A abstinência de violência. Durou pouco. Na primeira oportunidade vandalizaram a Cinelândia e deixaram felizes os jornalistas da GLOBO.

Logo em seguida, um jornal rápido e o falecido Jô Soares abre o espetáculo sobre o Itaú Cultural. Sinal de bênção a Santa Marina Itaú Natura Globo da Silva, os novos socialistas, especializados em sonegação.

Já salários e condições de trabalho para professores...

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