AS ELEIÇÕES ANTECIPADAS

A movimentação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, PSB - Partido Socialista Brasileiro - (o socialismo aí é só marketing), na tentativa de abrir espaços para uma eventual candidatura a presidente da República em 2014, tanto pode ser real, no sentido da candidatura, como manobra para alcançar a vice-presidência numa composição com Dilma Roussef ou mesmo com Aécio Neves. E até Marina da Silva.

É onde entra o marketing da palavra socialista no seu partido. Tanto faz o aliado, importante é alcançar o objetivo. Não importa se com o PT, o neoliberalismo populista, ou com o PSDB, o neliberalismo escancarado, ou ainda com a REDE de Marina da Silva, uma espécie de miscelânea de ideias e princípios sem qualquer consistência, mas forte presença empresarial, a turma da "sustentabilidade", que também vive nos meandros da FIESP - Federação das Indústrias de São Paulo.

Dilma tem alguns problemas em seu caminho para enfrentar a campanha e ser reeleita. A despeito dos altos índices de popularidade da presidente, o PT por si só é insuficiente para vencer as eleições. Nesse jogo sórdido de alianças a qualquer preço o PMDB, uma das grandes empresas da política brasileira, é indispensável.

O jogo é amoral. Campos busca apoio no PSDB hostil a Aécio, esse por sua vez, vê seu prestígio abalado com escândalos que vão desde bebedeiras e a corrupção no governo de Minas (no seu e no de seu sucessor Antônio Anastasia), tenta articular-se com Marina da Silva e não fecha a porta a Dilma, mesmo sabendo que a presidente vai buscar consolidar sua aliança, a aliança de seu partido com o PMDB e manter como companheiro de chapa o atual vice-presidente Michel Temer.

No meio de tudo isso a grande discussão em torno dos royalties do petróleo. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, até agora aliado incondicional do PT, pode debandar, mesmo porque também tem pretensões a despeito de seu desgaste à frente do governo e do risco de não conseguir emplacar seu sucessor.

Nesse assunto royaltie, o outro envolvido, o "governador" do Espírito Santo, Renato Casagrande, até hoje não tomou posse, o controle da máquina estatal é de Paulo Hartung, o peso de Casagrande é o mesmo de um astronauta fora da gravidade terrestre. Flutua na dimensão política quase zero.

A composição dos chamados palanques estaduais vai definir com mais clareza o curso do processo. Estados chaves como Minas, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco, além de Bahia, pode ou não alcançar níveis de atritos maiores ou menores nas alianças da todos os candidatos.

É possível que nem tanto na de Marina da Silva, que vem de Madre Teresa de Calcutá, fantasia adotada na conversão à "sustentabilidade" nos padrões FIESP.

É um momento em que os políticos, caso de Sérgio Cabral e Eduardo Campos, até mesmo de Aécio, se percebem na bifurcação de um salto maior, ou uma cadeira no Senado, uma espécie de asilo e ao mesmo tempo banco de reserva de políticos já cansados e superados, ou aqueles que aguardam a oportunidade de um pulo de maior tamanho.

O que até agora rodou como peru bêbado às vésperas de Natal é o ex-governador de Minas, Aécio Neves. Os furos em sua canoa são maiores que se poderia imaginar e mesmo que consiga superar barreiras para o apoio de José Serra, sabe que esse será meramente protocolar, como foi o dele Aécio, nas duas vezes que Serra tentou a presidência.

Certo é, por exemplo, que Dilma Rousssef será uma das protagonistas do segundo turno. O resto, resto mesmo, vai tentar a segunda vaga e jogar um jogo pesado no segundo momento.

O bom senso manda dizer que Dilma vai ser reeleita e o próprio FHC já falou em recomposição das forças de direita para 2018, mesmo que tenha manifestado, dentro de seu partido, seu apoio a Aécio. É que a ordem ali vem de fora e FHC obedece sem tugir ou mugir.

Com copa do mundo e perspectivas para as olimpíadas de 2016, handicaps de Dilma, se a presidente não for atropelada por crises econômicas e for capaz de manter o desempenho (pífio, mas populista) d
os seus primeiros anos de governo, com certeza, não terá dificuldades em se reeleger e esse fato vai ser percebido pelo conjunto de oportunistas da política brasileira, a grande maioria diga-se de passagem.

Todos buscam o espaço e almejam a faixa presidencial, nenhum muda coisa alguma. O País vai continuar manco e rumo ao século passado.
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