Ottoni morreu de infarto na sexta-feira (28), durante viagem à Patagônia, na Argentina. Ele estava na cidade de El Chaltén, província de Santa Cruz.
O jornalista trabalhava na EBC desde março deste ano. Antes, foi diretor de Comunicação do Instituto Lula, secretário executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República entre 2007 e 2010, na gestão do ex-ministro Franklin Martins, e diretor de redação da revista Desafios do Desenvolvimento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Trabalhou por 21 anos na Gazeta Mercantil, onde atuou de repórter a diretor-geral. Também foi redator-chefe da revista IstoÉ e editor da revista Exame.
Ex-guerrilheiro, Ottoni militou na Ação Libertadora Nacional (ALN) durante os primeiros anos da ditadura militar, até ser preso em 1970. Em 2004, o jornalista lançou o livro O Baú do Guerrilheiro - Memórias da Luta Armada, com memórias dos anos de prisão.
Veja a íntegra da mensagem que a presidenta divulgou por ocasião da morte de Ottoni Fernandes Júnior:
"Externo minha tristeza e minha solidariedade pela perda de Ottoni à toda a família e aos amigos desse grande companheiro. Neste triste momento, devemos nos lembrar do desprendimento e do espírito de luta que moveu Ottoni em toda sua vida, do semear da juventude, à colheita recente no governo, onde, desde 2007, ajudou na luta para consolidar a democratização da comunicação pública. Ottoni será sempre lembrado como um dos brasileiros que ousaram sonhar e realizar, em prol do nosso povo. Recebam meu abraço fraterno".
Edição: Lana Cristina//Matéria alterada às 18h49 do dia 31.12.2012, no segundo parágrafo, para inclusão de informação sobre a real data da morte de Ottoni Fernandes Júnior, visto que a primeira notícia dava conta de que ele havia morrido no domingo, dia 30. Foi incluído também o nome da cidade e da província onde o jornalista sofreu o infarto