CÉLIO PIMENTEL FERRAZ - o CPF - e JOSÉ OLIVEIRA - Filho da inesquecível Julita Oliveira.
Célio dedicou sua vida a serviço da Assistência Médica. Servidor Exemplar do SAMDU, foi fundador do órgão, na então Praça verissimo de Mello. Contemporâneo de "Seu Aloisio Andrade do Hospital e de José Passos Jr. Fomos amigos e trabalhamos juntos no Ministério da Saúde. Casado com a mais linda morena dos anos 60, Iracema, foi sogro de Samuel Marques, o bom "Samuca do Chaplin's".
José oliveira teve uma longa vida de trabalho na Estrada de Ferro Leopoldina. De uma geração a frente da minha, pude observar a admirar sua luta em favor de seus colegas nos anos 50. Ainda menino, cursando a Escola Ferroviária SENAI 8-1, eu, com apenas 13 anos, aprendi a admirar sua vida funcional. Filho de Dona Julita Oliveira e tendo como irmão o meu contemporâneo de Senai, Jonathan Oliveira, as nossas histórias se confundiam, no atabalhoar da vida calma de uma cidade alegre e feliz de nome Macaé, no Norte do Estado do Rio de Janeiro.
Montado em sua bicicleta Monark, tendo sempre a companhia de vários Ferroviários, a pessoas que admirava as longas conversas deles, divinamente ornadas pela sombra de uma Amendoeira no Bar Mocambo. Era ali que estes homens, descansavam do almoço e esperavam o "Buso" de 15 para meio dia tocar.
José se destatcava dos demais ferroviários. Não só pela simpatia como pela maneira educada de falar com os mais novos. Tinha sempre um sorriso que vinha seguido de uma fala sincera a todos que procuravam se acercar dele.
Era comum a todos nós, alunos do Senai, criarmos afetiva relação com os mais velhos. Os afagos eram como a presença do "tio" que hoje nossos filhos e netos falam ao se dirigirem a um de nós.
José Oliveira e Célio Ferraz deixaram a marca de suas existências. Não só nas Ruas Empoeiradas que pisaram, como também nas presenças em toda a nossa comunidade.
Estive com Zé Oliveira, a uns 6 mêses, no BB na fila do idoso. Tivemos alguns momentos em frases curtas. Eu perguntando pelo seu cunhado Waldyr Tavares, meu companheiro de Liga Operária e ele querendo saber como estava O REBATE.
Célio, numa de minhas idas a Justiça Federal para dar entrada num processo, conversamos muito. Lembramos de nosso tempo de PU, de minha candidatura a Prefeito em 1970 onde ele, Zezé Tatagiba e Fernando Cocó, dirigiam o velho Wolks que pecorria toda a extensão de nosso municipio em busca dos 1836 votos que tivemos...
Célio não deve ter recebido, como eu ainda não recebi, os nossos direitos na Paridade com os da Ativa.
Em nome de O REBATE jornal de 78 anos de Histórias em nossa região, faço este registro da presença destes vultos de nossa vida para que, gerações futuras, quando acessarem o busca do Google mundial, possam saber que estas vidas não foram em vão. Saberão que a luta de Zé Oliveira e Célio Ferraz terão seguimento em tantos que tiveram a honra de conhecê-los e admirá-los.
José milbs de Lacerda Gama editor de O REBATE e memorialista