Falar na História da Ferrovia sem lembrar de seu Mario Santos, pai de Wilson Waldyr, Luiz e Waldemir seria negar os pilares desta Região de Petróleo. Fui educado nos dogmas da Igreja católica pelas doces mãos de Minha Avó Alice( Nhasinha) de Laceda. Foi nestes anos, de infância alegre e e vigiada, que tomei conhecimento da existência desta bela família Santos. O Patriarca "Seu Mário" , foi um dos mais antigos ferroviários.
Respeitado pelo seu caracter de homem sério e bondoso, gostava de atravessar a Praça Verissimo de Mello, já com seus cabelos brancos para ir na Lyra dos Conspiradores onde era presença sempre ativa.Ainda guardo, na parede descascada de minha retina, sua vóz alegre quando vinha ao encontro de minha filha Aninha e sua irmã Gisele.
"-Bom dia, seu Zel mildo". Não é Zé Mildo não Fabienne, é Zé milbs."Ta bom", respondia e sempre repetia o nome errado. São passagens que marcam, na história de nossas vidas, as pessoas queridas...
Maria de Jesus era, se não me falha os respingos de memória, a única irmã. Seus olhos ficaram iluminando, creio eu, os Anjos e ela vive, com Os olhos de sua Alma, encantando a todos com a harmonia de uma vóz que sempre vem de dentro da alma. Encanta a todos pela beleza fisica e pelo sorriso de criança.
Soube hoje, por Sonia Assumpção, esposa de meu amigo Humberto e por Waldyr Tavares da morte de Waldemir. Perdemos uma página cheia de feitos na História da Região. Desde a Fundação do Fluminense F.C. ombreado por José Calil Filho, sua irmandade e uma gama de grandes ferroviários, Waldemir continuou e se destacou na sociedade de Macaé. Soube dignificar a criação de lindos filhos que estão em todos os pontos de nossa cidade a continuar seu trabalho com o brilho deixado para ser seguido.
Quando eu tinha 11 anos, ia na Estação da Leopoldina para olhar os trens. Encantado com uma máquina que era tocada nos dedos e manipulada por um jovem senhor moreno, com uma linda e elegante roupa AZUL. Era a Rádio Telegrafia. Depois de muito olhar belo balção, de onde ficava também uns homens vendendo passagens, perguntei como era aquilo que batia igual um sininho de relógio. Levantando-se de uma mesa negra, cheia de papéis e escritos este simpático homem disse:
"-Menino, que você olha tanto? quer aprender este meu trabalho? Era o que eu mais queria. Sai correndo e falei com minha avó.
"Dinda, sabe o que eu quero ser quando crescer?. Quero ser aquilo que fica batendo numa máquina lá na Estação. O homem, irmão daquela moça que toca na Igreja e anda com Maria Inez Patrocinio e Marlene sobrinha do Monsenhor Jason Barbosa, falou que eu posso aprender".
Era assim este Waldemir dos anos 40 que morre nos anos 2009 com o mesmo feitio moral e humano.
Sempre atendo a atender os desejos de todos que o cercavam. Ultimamente sofria calado a ausencia de seu lindo filho Tatá , morto tragicamente e de sua companheira Zuléia. Mesmo assim mantinha o dom de distribuir alegrias...
Em nome de O REBATE e de minha familia que mantem os laços fraternos com todos os seus descendentes, perpetuo, no www.jornalorebate.com a vida deste grande homem que nos deixou no limiar de seus 80 anos.
Doravante, quando algum históriador desejar falar sobre a Familia Santos, é só digitar no busca mundial do Google. (José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com