Caminhando e cantando, seguindo a canção, somos todos iguais
braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, nos campos e construções
somos todos iguais. No Brasil não falta sol, não falta chuva e a terra
faz brotar qualquer semente. Se a mão de Deus protege e molha o nosso
chão, porque será que ta faltando pão? Se nessa terra tudo que se
planta dá, que é que há meu país? O que é que há?
Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não
espera acontecer. Tem alguém levando lucro, tem alguém colhendo fruto
sem saber o que é plantar. Ta faltando consciência, ta sobrando
paciência, ta faltando alguém gritar. Pelos campos há fome em grandes
plantações e acredito nas flores vencendo o canhão. Vem vamos embora,
quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Feito um trem desgovernado, quem trabalha está ferrado nas mãos de
quem só engana feito mal que não tem cura estão levando à loucura o
país que a gente ama. Há soldados armados, amados ou não, quase todos
perdidos de arma na mão e os amores na mente com as flores no chão.
Acreditem! As flores podem vencer o canhão. Vem, vamos embora. Não
vamos esperar acontecer. Vamos fazer acontecer votando certo.
Muitos já escreveram ou cantaram sobre a riqueza do nosso país e
da miséria do nosso povo e, faço a comparação entre estes dois
compositores, para mostrar que, um escreveu há mais de 30 anos e o
outro recentemente e, “para não dizer que não falei das flores” foi
escrita em pleno período da ditadura e “Meu País” na democracia. Qual a
diferença? Ainda estamos na mesma, Quando deixaremos de ser o país do
futuro?
Guto Sardinha