Outro pensador, Martin Lutther King, tinha um sonho. Que homens e mulheres fossem considerados iguais, sem levar em conta a cor da pele. Ele mobilizou milhares de pessoas para mudar o mundo de forma pacífica, mas acabou se calando em 4 de abril de 1968 por um tiro de fuzil. Aí, o seu sonho de igualdade começou a se tornar realidade.
Quarenta anos após a morte de Lutther King, o maior país racista do mundo, os Estados Unidos, se curvou e elegeu o primeiro Presidente negro de sua história. Espero que, ao citar estes dois grandes homens, o presidente Obama, não se deixe, pela força do cargo, se contaminar pela arrogância e transforme a mentalidade do mundo pela simplicidade e, contagie todos, governantes e comuns.
Sem querer ser presunçoso, ou melhor, que ninguém, para ilustrar o texto, vou relatar um caso que aconteceu comigo recentemente. Um dia, um senhor, com aparência bem humilde, a minha assistente não estava, foi entrando pela minha sala de trabalho chamando pelo Sardinha. Ao vê-lo, levantei, puxei a cadeira para assentar-se, ofereci uma água, um café e perguntei-lhe em que poderia ajudá-lo. O Sr Ronaldo me pediu para ajudá-lo na ligação de uma energia em uma obra que estava fazendo. Prontamente solicitei ao setor de ligação e consegui, de imediato, a ligação. Ele, muito grato, perguntou se eu o conhecia, disse-lhe que não. Perguntou-me também se conhecia uma construtora de nome tal. Também disse que não. Mandou-me entrar no site da empresa e, assim, o fiz. Apareceu na tela do computador, uma empresa construtora com atuação no Brasil e no exterior. Na maior simplicidade o senhor Ronaldo falou: Esta empresa é minha! Surpreso, vendo aquela humilde pessoa dona de um império, perguntei-lhe: Qual a sua formação? Arquiteto! Respondeu-me. Falei-lhe que tinha uma filha que estava se formando em arquitetura. Imediatamente, me deu o seu telefone para Lívia entrar em contato com ele. Assim eu fiz, hoje ela é funcionária dessa empresa e está indo muito bem. Agradeci! Ronaldo me respondeu que não tinha que agradecer, pois sem conhecê-lo, havia-lhe dado um atendimento de rei mesmo estando simplesmente vestido e, que muitas das vezes, era mal atendido aonde ia. Respondi-lhe que não fiz mais que minha obrigação, pois sou remunerado para atender bem as pessoas. Hoje, Ronaldo é um grande amigo que tenho.
Espero que, com essa mensagem, Macaé, a Princesa rica, mas de pés no chão, calce, as sandálias da humildade com essa nova administração e encontre o seu príncipe encantado.