- Érica Nascimento
- Érica Nascimento
Ainda há esperança para a Lagoa de Imboassica
Um berçário de vidas marinhas, aves e plantas e que há décadas foi fonte de renda de pescadores artesanais macaenses. Hoje, a Lagoa de Imboassica, um dos mais belos cartões postais de Macaé e inspiração dos poetas da terra, pede socorro. Conseqüência do crescimento urbano através de ocupações irregulares a sua margem e responsável pela imensa descarga de esgoto in natura em seu espelho d’água.
O mais irônico nesta história é que essas ocupações foram transformadas em condomínios e loteamentos de classe média alta e que continuam crescendo. Para aqueles que dela dependiam para sobreviver, ou seja, os pescadores, resta chorar ao ver a morte da lagoa. Peixes, crustáceos, aves e plantas estão sendo envenenados por uma lama orgânica e venenosa que se forma ao fundo e comprometendo o oxigênio da água.
Ainda há tempo de salvar esse patrimônio ecológico. O que falta é interesse por parte do poder público em por em prática ações sugeridas através de pesquisas desenvolvidas por cientistas, que disponibilizam seu trabalho.
Aqueles que desconhecem o índice de poluição, mas apreciam sua beleza, ainda tentam desfrutar de sua praia em dias de lazer. Prova de que ela ainda é um grande atrativo turístico e com possibilidades de ser explorado de diversas formas, sem haver degradação.
No governo municipal anterior, um grande projeto foi apresentado à população, onde a Lagoa de Imboassica seria transformada em um dos mais belos e estruturados pontos turísticos da cidade, com decks de madeira no entorno de sua margem, área de lazer para esportes e para shows, quiosques ecologicamente estruturados, além da exploração de esportes náuticos e do fim do lançamento do esgoto em suas águas.
O projeto que encheu de esperança os macaenses foi para a gaveta e a esperança de que algo seja feito ainda existe. Isso acontece através de manifestações e ações de órgãos e moradores que, sensibilizados com a questão, pressionam o poder público para tomem ações imediatas.