Em cordas deixadas ao vento
Penduram-se sentimentos
O cordelista ali deixa
Sempre seus pensamentos
De amor ou poesias
Ou simplesmente lamentos.
Quem sempre fala a verdade
Não merece punição
O cordel em sua história
Sempre foi uma lição
Sendo incompreendido
Por toda população.
15/08/2007
“UM POUCO DA HISTÓRIA DO CORDEL”
Vinda de Portugal, a literatura de cordel chegou juntamente com os nossos colonizadores, em “folhas soltas”ou mesmo em manuscritos, instalando-se na Bahia mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste. Perguntamos por que exatamente no nordeste?
Como se sabe, a primeira capital da nação foi Salvador, para os pesquisadores essa é a lógica.
A literatura de cordel é assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal.
São escritos em formas rimadas e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas.
Num ciclo de estudos sobre literatura de cordel, realizado em 1976, em Fortaleza, sob o patrocínio da Universidade Federal do Ceará , essa é a mais simples definição sobre cordel:
“Poesia narrativa, popular impressa”.
Uma grande cultura popular, que ainda não tem seu reconhecimento, mas um dia unidos chegaremos lá.