Comunidades devem se beneficiar com Redd no Brasil, defende especialista

ribeirinhos t 300x183 Comunidades devem se beneficiar com Redd no Brasil, defende especialista

Amanda Rossi
Ribeirinhos mergulham no Rio Negro, nas proximidades de Manaus.


O mecanismo Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) só pode dar certo no Brasil se for possível assegurar as populações mais vulneráveis que elas se beneficiem dele. A opinião é de Essan Yassim Mohammed, pesquisador do International Institute Environment and Development (Iied), que concedeu entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada no domingo, 24 de julho.
País megadiverso, dono da maior floresta tropical do mundo, o Brasil tem uma boa possibilidade de gerar receita com o Redd. No entanto, a depender da regulamentação adotada, pode também perpetuar injustiças históricas, principalmente na Amazônia, onde as populações mais vulneráveis dificilmente têm escrituras definitivas das terras que habitam.

No artigo recente intitulado A justiça do carbono: como alavancar benefícios do Redd+ par os pobres, produzido em parceria com o advogado Christoph Schwarte, Mohammed defende que os direitos do carbono levem em consideração os direitos civis, sociais, econômicos e culturais das populações que dependem da floresta para sua sobrevivência, em vez de tomarem como base a titulação definitiva da terra, como vem sendo estudado.
“Temos a obrigação moral de assegurar que os pobres se beneficiem ou, ao menos, não sejam negativamente afetados. O esquema também precisa manter legitimidade internacional (investidores) e local (comunidades). Se a intervenção (Redd) é percebida como ilegítima, ela pode ser facilmente boicotada pelos investidores e as comunidades locais, o que teria como consequência uma vida curta para o mecanismo”, afirmou o pesquisador.
Na próxima sexta-feira (29), um grupo de trabalho vai apresentar à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, um artigo que resume os primeiros passos para a concepção de uma política nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd).
A elaboração e possível adoção do mecanismo foi um dos principais temas discutidos nas duas últimas Conferências das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COPs 15 e 16), e a tendência é a de que o destaque ao assunto ganhe corpo durante a COP-17, que será realizada no final deste ano em Durban, na África do Sul.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS