
  Carros proibidos no  centro. Ruas só para pedestres. Mais ciclovias. “Redes verdes”. Espalham-se na  Europa e China - ações para superar ditadura do automóvel
  Um típico paulistano que  utiliza o carro todos os dias para trabalhar perde um mês por ano de sua  vida no trânsito. Algumas cidades já perceberam que o automóvel não é a melhor  opção para grandes centros urbanos. Os carros poluem o meio ambiente, causam  acidentes e mortes e estão se tornando um meio de transporte lento e  estressante. 
  Em Londres, se você for a  algum lugar de bicicleta, chegará mais rápido do que se tivesse utilizado um  carro. Um estudo britânico constatou que os motoristas gastam 106 dias de  suas vidas à procura de vagas em estacionamentos. Para fugir desta caótica  realidade, algumas cidades estão proibindo o uso de carros em determinados  bairros, aplicando multas aos que descumprem as regras. 
  Veja abaixo algumas das  cidades que estão abandonando, aos poucos mas de vez, os automóveis:
 1. Madri, Espanha 
Madri já proibiu o uso de  carros em algumas regiões e pretende aumentar essas áreas. Quem trafegar de  carro em áreas proibidas pagará uma multa de 100 dólares. A cidade  pretende deixar o centro de Madri completamente sem carros nos próximos cinco  anos. As ruas serão redesenhadas para caminhar e não para dirigir. Além disso,  os carros mais poluentes pagam um valor mais alto para estacionarem nas ruas.
2. Paris, França 
  No ano passado, quando os  níveis de poluição atmosférica estavam muito elevados em Paris, a cidade  proibiu o uso de carros com placas pares por um período. A poluição diminuiu em  até 30% em algumas regiões. Desta forma, a cidade pretende desencorajar o  uso de automóveis nos próximos anos. No centro da cidade, pessoas que não moram  na região central, não poderão utilizar automóveis nos finais de semana e, em  breve,  também não poderão utilizar os carros durante toda a  semana. Em 2020, o prefeito planeja dobrar o número de ciclovias e proibir  carros a diesel. O número de condutores na cidade já está começando a cair. Em  2001, 40% dos parisienses não possuíam carros, hoje 60% não possuem carro  próprio. 
 
   
  3. Chengdu, China 
  Uma nova cidade satélite  planejada no sudoeste da China poderia servir como um modelo para locais  modernos. As ruas foram projetadas para que as pessoas consigam chegar a  qualquer local da cidade em apenas 15 minutos a pé..  A maioria das  pessoas poderá ir caminhando ao trabalho nos bairros locais. Os  arquitetos Adrian Smith eGordon  Gill realizaram o projeto, que em breve será implementado. 
 
   
  4. Hamburgo, Alemanha 
  A cidade não planeja proibir  totalmente o uso dos carros. Ao invés disso, está tornando mais fácil ficar sem  dirigir. Um nova “rede verde“, que  será concluída entre 15 a 20 anos, irá conectar parques ao redor da cidade,  desde jardins comunitários, reservas ou playgrounds até  cemitérios. A rede cobrirá 40% da área total de Hamburgo, que será  totalmente interligada por meio de ciclovias e vias para pedestres..
5. Milão, Itália 
  
  
  A cidade de Milão está  testando uma nova forma de diminuir o uso de automóveis nos centros da cidade.  Quem deixar o automóvel em casa, ganhará um “vale” com o mesmo valor de um  bilhete de ônibus ou trem. Para evitar fraudes, é necessário instalar uma caixa  conectada à internet no carro para o controle e localização do automóvel. 
 
Foto © Chris Yunker
6. Copenhague, Dinamarca 
  Anos atrás, a cidade tinha  um tráfego caótico. Para mudar este cenário, os dinamarqueses aderiram ao uso  de bicicletas, para se locomoverem e irem ao trabalho. Na década de  1960, a cidade começou a implantar zonas para pedestres e os espaços para  carros foram diminuindo ao longo dos anos. Atualmente, a cidade tem  mais de 200 quilômetros de ciclovias, com novas auto-estradas de  bicicleta em desenvolvimento, para chegar a seus arredores. A cidade tem uma  das taxas mais baixas de propriedade de automóveis na Europa. 
 
Foto via Setemalas
7. Helsinki, Finlândia 
  Em um novo plano, a cidade  apresenta um projeto que busca fazer com que seus cidadãos não tenham mais  motivos para utilizar carros. O objetivo é mudar a forma como as pessoas se  locomovem dentro da cidade e integrar vários tipos de transportes públicos. Um  novo aplicativo, ainda em testes, permitirá que os cidadãos acessem  instantaneamente uma bicicleta, carro, táxi compartilhado e  encontrem  ônibus ou trem mais próximos.

  






























