Homem cava os escombros em busca de pertences pessoais após enchente no Paquistão. Foto: N.James/Acnur
Os desastres naturais que ocorreram em 2013 deslocaram três vezes mais pessoas que conflitos armados, evidenciando uma necessidade urgente de ajudar as pessoas mais vulneráveis a lutar contra as alterações climáticas, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira, 17 de setembro.
O Conselho Norueguês para Refugiados publicou os dados antes da Cúpula do Clima das Nações Unidas, que será realizada na próxima terça-feira (23), em Nova York, na esperança de contribuir para um acordo global sobre alterações climáticas.
O estudo indica que 22 milhões de pessoas foram deslocadas em 2013 devido a desastres naturais, quase três vezes mais que o número de pessoas que teve de sair das suas casas devido a situações de violência.
O problema tem se agravado com o dobro dos deslocados em comparação com 1970, apesar de o aperfeiçoamento dos serviços meteorológicos e das operações de salvamento terem contribuído para a redução do número de mortos.
“É um sinal de despertar, acredito, para os líderes mundiais que se vão reunir. Por pior que a situação esteja hoje, vai tornar-se dramaticamente pior se não se investir mais no combate”, alertou Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados.
“Temos de tornar as pessoas nas Filipinas ou no Chade ou no Haiti tão combativas como nós na Noruega ou em algumas partes dos Estados Unidos”.
Egeland é o antigo coordenador do programa de apoio a situações de emergência das Nações Unidas, tendo assumido um papel relevante na obtenção de apoio após o tsunami no Oceano Índico, em 2004, informou a Agência Lusa.
* Com informações da Agência Lusa.
** Publicado originalmente no site EcoD.