Foto: Banco Mundial/Eric Miller
Moradores da cidade síria estariam sendo obrigados a usar água não potável, que deixa muitos doentes; especialistas da ONU citam alegações de que governo e oposição seriam responsáveis por racionamentos.
Dois relatores das Nações Unidas alertaram que a interferência do conflito sírio nos estoques de água é totalmente “inaceitável”. O especialista pelo Direito à Saúde, Anand Grover, e a especialista para o Direito à Água e ao Saneamento, Catarina de Albuquerque, assinam a nota.
Os relatores estão preocupados com um grande número de residentes da cidade de Alepo, que estariam ficando doentes por serem obrigados a utilizar água não potável.
Racionamento
Segundo os especialistas, deixar a população civil sem água viola a lei de direitos humanos e a lei humanitária internacional. Os moradores de Alepo sofrem com a falta de acesso à água desde o começo do mês.
A nota de Albuquerque e de Grover cita um corte ocorrido no dia 10 que pode ter deixado 1 milhão de pessoas sem água e saneamento, afetando casas, hospitais e postos de saúde.
Os relatores falam em alegações de que grupos armados da oposição e também o governo da Síria teriam sido responsáveis pelos racionamentos, em momentos diferentes.
Aos dois lados em conflito é feito um apelo por medidas imediatas que garantam o retorno da água em Alepo e pela prevenção de qualquer interferência ao acesso à água potável.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
(Rádio ONU)