O Núcleo de Educação e Estudos em História Regional (NEHIR) da Fundação Educacional de Macaé (FUNEMAC) apresenta nesta quinta-feira, dia 10, a FLIMAC – Feira de Livros de Macaé. O evento acontecerá na Praça Veríssimo de Melo e tem como objetivo aproximar os autores da região da população em geral, além de promover um intercambio de idéias e conhecimentos no público interessado.
Além dos autores, estarão presentes representantes de livrarias, editoras e instituições culturais.
A FLIMAC é destinada a todas as pessoas interessadas em cultura e história da cidade, além dos professores, estudantes e pesquisadores que desejam ter acesso a produção literária referente à região, que na maioria das vezes não é disponibilizada no comércio local.
A programação da Feira começará às 10h e terá como abertura a execução do Hino de Macaé pela Corporação Musical Ancyra Gonçalves Pimentel. Em seguida haverá a palestra "Memória Literária e Afetiva de Macaé", com a professora Claudia Márcia Vasconcelos da Rocha. À tarde acontecem apresentações dos Contadores de Histórias da Secretaria Municipal de Educação, encontros com escritores e apresentação musical.
Uma das escritoras que confirmaram presença na FLIMAC – Feira de Livros de Macaé foi a memorialista Helianna Barcellos de Oliveira, Dona Heleninha, que estará na Feira lançando e autografando seu livro “Mascate de Sonhos – Memórias de uma Quissamaense”. Outros autores que terão seus livros vendidos na Feira são Romulo Campos e Claudia Barreto “Parque Atalaia”; Marcelo Abreu; Mario Alves; Regininha Moreira, Maria Klonovska, Rodrigo Araújo “Literatura e interfaces”; entre outros.
O autor mais antigo nascido no Norte Fluminense foi o Bispo José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho (1742-1821), com obras publicadas em Portugal, por força dos empecilhos legais impostos às colônias. Em 1808, o Rio de Janeiro tornou-se a sede do reino, surgindo a Impressão Régia, sendo o pioneiro José Carneiro da Silva (1778-1864), depois Visconde de Araruama, autor da obra “Memoria Topographica e Historica sobre os Campos dos Goytacazes com uma noticia breve de suas producções e commercio offerecida ao muito alto e muito poderoso Rei D. João VI”, publicada em 1817, com Licença Real. Desde então, muitos macaenses, como Augusto de Carvalho e Antonio Alvarez Parada, dedicaram-se à produção literária, constituindo uma bibliografia considerável.
Na década de 1950 o periódico “Gazeta de Macaé”, numa iniciativa de seu diretor-proprietário Latiff Mussi Rocha, promoveu o que chamou de “Primeira Feira de Livros de Macaé”, iniciativa de sucesso que perdurou por alguns anos, sendo sucedida por eventos semelhantes, como a “Bienal do Livro de Macaé”, a “Feira Literária da Escola Municipal Samuel Brust”, e a “Maratona Cultural”.
O NEHIR - Núcleo de Educação e Estudos em História Regional - ligado a Superintendência Acadêmica da FUNEMAC, foi instituído para desenvolver projetos de caráter interdisciplinar que promovam valores culturais macaenses, fomentando ações e parcerias que aproximem o meio acadêmico e instituições de naturezas diversas, gerando uma integração produtiva. Dentro deste objetivo, considerando a grande procura por obras que tratem dos temas regionais e as dificuldades de adquirí-las, surgiu a idéia da FLIMAC - Feira de Livros de Macaé.
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