Luís Cláudio com sua netinha Valentina
Alegria em escrever este texto em homenagem a meu grande amigo, companheiro e filho. Uma linda convivência que ao longo destes anos cimentou a felicidade em poder ver este momento muito bom para um pai. Tivemos divergências, sim. Brigamos, sim. Mas tudo feito e acontecido para aumentar ainda mais este momento de sublime beleza para um pai. Tive meus erros durante a vida deste lindo menino? Tive. E quem com 80 aninhos não teve?
Os anos passam sem que se perceba. Parece que foi ontem, neste mesmo ano de 1967, que ele nasceu. Ano em que comecei a editar O REBATE. Sua presença de menino nas oficinas do jornal, acariciado por meus colunistas Cláudio Upiano Nogueira Itagiba, Euzébio Luiz da Costa Mello, Armando Barbosa Barreto, Lecino Melo, Izac de Souza e tantos outros que moram nas esfumaçadas névoas do esquecimento, mas que fizeram em seus trejeitos de criança a capa de sabedoria e coragem do homem de 50 anos de hoje.
Muitas vezes rompeu as madrugadas de O REBATE no colo de sua querida mãe Lucia Maria Coelho de Lacerda Gama. Vez outras em tardes amenas embalado pela eterna secretária do jornal Léa Chapeta Matoso nos intervalos da remessa dos jornais para os assinantes.
É, Luis Claudio, você é meu ídolo. Você, com sua mão calejada, construiu um prédio com seus amigos de lutas no Bairro do Mulambo e hoje Novo Cavaleiros. Nunca se meteu em falcatruas, coisa tão comum nos dias de hoje com gente de sua geracão e da minha. Me orgulho de ser seu pai e me sinto orgulhoso quando vejo você cercado de gente simples do Bairro em que o chamam carinhosamente de Theng.
Continue como você é: teimoso, brabo, corajoso e feliz. Poucos podem chegar a minha idade e poder ver um filho amigo, ciumento mas puro com 50 anos.
Beijos, meu velho Ade.
Meu filho, você venceu. Me ORGULHO DE VOCE e sei que seus irmãos, mãe e alguns amigos também.
VIVA O DIA 1 DE ABRIL DE 1967, DIA EM QUE VEIO AO MUNDO MEU FILHO LUIS CLAUDIO.