"Não estou brigando com a imprensa, estou brigando com a mentira. E não vou permitir que o dinheiro da população seja gasto em um jornal que vive na ilegalidade". Com estas palavras, o prefeito Dr. Aluízio (PMDB) se referiu, em entrevista concedida à pouco na FM 101, à recente mudança de linha editorial do jornal O Debate que do dia para noite, passou a detonar a prefeitura de Macaé todos os dias em sua manchetes e ser usado como “arma” pela oposição.
Após o editor do jornal (que era funcionários fantasma, leia mais aqui), ser demitido da prefeitura, o jornal endureceu a linha de vez. No entanto, segundo o prefeito, por trás desta recente mudança não está apenas a demissão de seu editor (que ganhava "só 5 mil"). Segundo Dr. Aluízio, o motivo está em um documento, assinado por ele próprio, no dia 22 de janeiro, proibindo todos os órgãos municipais de publicarem anúncios e editais no Debate. O documento segue uma determinação do Tribunal de Justiça, que impede jornal de celebrar qualquer contrato com o poder público.
Citando as recentes condenações judiciais e o inquérito na Polícia Federal, no qual o dono do jornal, Oscar Pires e seu editor, Márcio Siqueira, são réus em um processo de fraude em licitações e formação de quadrilha (leia mais sobre isso aqui), Dr. Aluízio provocou o jornal, declarando que ele não tem moral para criticar quem quer que seja. “Como um jornal que frauda licitações desde o ano 2000, é é réu de um inquérito na Polícia Federal pode falar de quem quer que seja? O Debate é um jornal que vive na ilegalidade e, infelizmente, desaprendeu a falar a verdade. Não devo nada a eles. Devo sim à sociedade”, disse.
Parecer do TCE — Uma das matérias que o prefeito cita como “calúnia” é uma que se refere a um parecer do Tribunal de Contas que desaprovou um edital, de reforma em várias escolas municipais, no valor de R$ 12 milhões. O TCE recomendou que o orçamento fosse redimensionado para apenas R$ 2 milhões. Diante disso, o jornal e vários setores da oposição começaram a insinuar que haveria “superfaturamento” de R$ 10 milhões no edital. “Como pode ter havido superfaturamento em obras que ainda não foram realizadas? O que o Tribunal de Contas fez, foi desaprovar um orçamento, prevendo uma obra mais modesta. Agora, daí dizer que houve qualquer ilegalidade, é uma mentira deslavada”, disse.
Segundo Dr. Aluízio, todos estes ataques são prova do desespero não apenas do jornal, mas também de vários de seus oposicionistas, que não tem argumentos para criticar o governo, por isso precisam fazer “ilações e sensacionalismos”. Temos hoje um jornal que é alvo da Polícia Federal, usado por uma oposição formada por vereadores que são processados por terem funcionários fantasmas e que estão envolvidos em um escândalo de desvio de verba em desapropriações milionárias. E tudo isso falo, porque tenho documentos e provas para mostrar. Eles é que não tem provas do que falam. Por isso precisam recorrer à mentira”, provocou.