Segundo o parlamentar, é preciso investir mais na cultura local, que é a cobrança dos artistas, produtores e da própria população
No início da sessão da Câmara na manhã desta terça-feira, 15, a cultura foi pauta na Casa, com a possibilidade de um convite ao presidente da Fundação de Cultura de Macaé para explicar, principalmente, questão de valores e contratações de eventos no município. O vereador Marcel Silvano entrou no debate, defendendo que o discurso deve ir além da justificativa dos valores gastos nos eventos. Segundo ele, há pouca discussão sobre cultura local e valorização dos artistas e agentes culturais.
“Preocupo-me muito porque discutimos altos valores para contratações e eventos culturais, como a Paixão de Cristo, e temos discutido pouco a cultura feita pelos nossos artistas, nossa juventude e nossos agentes culturais. Preocupo-me muito quando fazemos o inverso que diz a canção: ‘que todo artista tem que ir onde o público está’ e nós temos levando o povo somente para grandes eventos”, justificou Marcel.
Marcel ressalta que a cultura, a educação e o esporte são transformadores e o potencial de produção de cultura nos bairros da cidade, ainda é pouco. Para o parlamentar, isso é um desafio que precisa ser perseguido. “Cabe muito a discussão, em especial sobre o evento A Paixão de Cristo. Acho que os valores não são difíceis de se explicar, mas também me pergunto como nós vamos, efetivamente, chegar à população, proporcionando cultura como alternativa, como forma de expressão, vida e transformação popular?”, argumentou.
O vereador, na ocasião, disse que cabe uma explicação de como está sendo desenvolvido o projeto dos Polos Culturais, uma demanda que os setores cobram constantemente, até porque o assunto isso foi muito discutido no início deste governo. “É uma tarefa que esse governo tem que dar conta, uma cultura popular e para que o povo possa se expressar e se qualificar. Também acho válida a presença do secretário de Cultura aqui, porque ele pode explicar também como se desenvolve o projeto dos polos culturais”, concluiu Marcel.