Na última sessão solene do prédio antigo, Marcel evidencia a importância da alternância de poder e valorização dos que já passaram pela Casa
A noite desta quinta-feira, 27, foi marcada pela despedida dos trabalhos legislativos no Palácio Cláudio Moacyr de Azevedo, localizado no Centro, em Macaé. Vereadores, ex-vereadores, prefeito Dr. Aluizio, ex-prefeito, entre outras autoridades e representantes da sociedade civil marcaram presença nesse momento histórico, quando também se celebram os 200 anos de implantação da Câmara de Macaé.
O evento contou com a palestra da historiadora Conceição Franco, que levou os presentes a uma reflexão sobre a história e a instalação do Poder Legislativo na cidade, surpreendendo a todos com revelações seculares envolvendo o cenário político quando se deu a implantação da Câmara, assim como as primeiras proposições do trabalho legislativo. Dados, que segundo ela, se encontram disponíveis nos acervos do museu Solar dos Melos.
O vereador Marcel Silvano foi o primeiro a discursar sobre este momento histórico. Fundamentou sua fala numa das bandeiras de seu mandato, esclarecendo, inclusive, as interpretações distorcidas a respeito da defesa da democracia, renovação política e alternância de poder no legislativo e executivo.
“Normalmente sou mal interprestado por isso. Colocam de forma equivocada na minha boca palavras de que isso significa um preconceito aos mais idosos, uma tentativa de dizer que eles tivessem menos condições de contribuir ao processo político. Isso não é verdade. Essa casa sempre foi defensora da alternância de poder, de democracia, da liberdade de expressão e de opinião. Mais do que idade, nossa tarefa é a defender que esta Casa seja protagonista da construção de dias cada vez melhores para Macaé”, esclareceu Marcel.
Ainda em seu discurso, ressaltando a importância daqueles que já passaram pela Casa, Marcel recordou que a Câmara tece seu destaque não somente naquele momento da Proclamação da República, conforme bem relatado pela historiadora Conceição Franco. “Essa casa também teve seu papel importante na resistência, na luta e no enfrentamento da Ditadura Militar. Quantos foram cassados, quantos foram perseguidos, quantos tiveram seus direitos políticos e democráticos cancelados e apurados de maneira tão violenta e tão truculenta há 50 anos no período do Golpe Militar?”, mencionou o petista, lembrando, inclusive, dos vereadores cassados no período da Ditadura.
O vereador também fez uma menção aos servidores e lembrou da importância da participação das mulheres vereadoras no processo político da cidade. “Quero fazer uma saudação especial aos servidores da Casa, em especial aqueles que e estão chegando do novo concurso e aos que estão querendo se aposentar. Também às mulheres vereadoras, pois poucas passaram por aqui”, disse.
Encerrando a sua participação, Marcel falou da importância de se modernizar a Câmara, digitalizar nossos processos e arquivos, principalmente agora quando estão mudando para o novo prédio, moderno e que merece acompanhar as mudanças do século 21. Também disse se sentir honrado em fazer parte desses momentos históricos que Macaé atravessa.
“Tenho honra e orgulho de hoje pertencer essa casa de tantos bons e grandes debates, de boas lutas e bandeiras. E eu, na minha inexperiência e humildade de primeiro mandato, tenho aprendido muito. Vou continuar aprendendo no pouco que podemos contribuir para que essa casa seja cada vez melhor”, concluiu.
Estiveram presentes os ex-presidentes do Legislativo macaense Valdeci Simões, Antônio Olinto Bordalo, Ivan Drumond e Riverton Mussi. Os ex-vereadores Cleber Couto Neves, Vânia Devesa, Maria Helena Salles, Ramon Mena, Ivânia Ribeiro e Danilo Funke, atual vice-prefeito. Dos atuais vereadores, marcaram presença Marcel Silvano, Manoel Francisco, Jocimar Gomes de Oliveira, Amaro Luiz Alves da Silva, Chico Machado, Igor Sardinha, Luciano Diniz, Nilton César e Welberth Resende. Também estavam presentes do presidente da Casa Eduardo Cardoso e o vice Maxwell Vaz.