Marcel saudou a todos, em especial os estudantes da Cidade Universitária e citou a intensa discussão que tem ocorrido no Brasil inteiro, sobre a importância de se defender com firmeza a presença da juventude negra nas universidades brasileiras, afirmando ainda ser uma realidade muito aquém da ideal.
“Podemos fazer um paralelo, dizendo como o Brasil precisa dos nossos jovens negros nas universidades. Comparamos com outros negros, que contribuíram para a história do Brasil, com tudo o que sofreram e como não desejamos mais que aconteça . Foram eles que construíram as nossas riquezas.”
O vereador prosseguiu, dizendo que além da realidade de sofrimento da negritude por todos esses tempos, há também alegria, dança, música e a esperança de um mundo melhor, justo e mais fraterno.
A violência em Macaé, frequentemente discutida nas sessões, também foi lembrada por Marcel. “É motivo de preocupação para mim e para todos os movimentos sociais de todo o Brasil que lutam pela defesa dos direitos humanos e da igualdade. A quantidade de jovens negros assassinados, pobres, moradores de favela que estão nas páginas dos jornais é uma realidade que precisa ser transformada por todos nós, Poder Público, sociedade e igrejas.
Segundo Marcel, não podemos admitir que um país como o Brasil, que vitimou tantos brasileiros, continue matando exatamente o mesmo perfil: os negros, jovens, que sempre foram marginalizados.
Para o vereador, a Universidade é um espaço importante para discutir e pensar uma forma de reconhecer quem são esses jovens em Macaé, trazer a informação e dados para que essa questão seja tratada com propostas que tenham a ver com a nossa realidade, com políticas públicas efetivas que melhorem a vida numa cidade tão rica por um minério que, por coincidência ou não, é negro: o petróleo.
“Precisamos ter esse compromisso efetivo e a universidade precisa colaborar muito. Fiquei satisfeito com a programação, queria parabenizar o esforço de vocês e fiz questão de estar aqui para prestar a minha solidariedade. Quero deixar essa angustia partilhada de que ainda temos que melhorar e muito na luta por igualdade por justiça e pela vida de todos e todas de forma plena.” finalizou o vereador.