Torcedor que leva um sinalizador a um estádio e imagina que aquilo é manifestação de apoio ao seu clube, ou serve para dar um “colorido” especial ao evento, jogo, na prática é um imbecil. Faz parte do grupo de imbecilizados que consideram o futebol como escoadouro de frustrações.
Torcidas organizadas, de um modo absoluto, são grandes negócios que beneficiam seus dirigentes e têm a cumplicidade dos clubes.Se houver uma exceção será uma só.
A decisão natural da COMEBOL seria eliminar o Corinthians da competição, como normal é a preocupação das autoridades bolivianas em punir os culpados, como anormal cheira essa história de um menor de idade apresentar-se no Brasil como responsável pelo disparo do sinalizador que matou um garoto de 14 anos. E que, talvez, sabendo da fragilidade do seu clube, tenha ido ao estádio ver o Corinthians.
Punir o clube paulista com a proibição de torcedores em campo é um paliativo para evitar um atrito com o Brasil. A Taça Libertadores da América, agora controlada por empresas, é outro grande negócio do futebol na América do Sul. Árbitros pusilânimes, que apitam a favor do clubes da casa, despreparados quando tentam fazer direito, inclusive os brasileiros, dirigentes preocupados com o faturamento e jogadores submetidos a um regime desumano de disputa de várias competições a um só tempo.
O que não tem nada a ver com a burrada de Abel Braga ao escalar o seu clube, o Fluminense, no jogo contra o Grêmio.
Esses são outros quinhentos. É típico do treinador inventar, ou tentar mágicas, na presunção que um punhado de títulos signifique onipotência sobre o futebol, o conhecimento do esporte. A grande mídia brasileira, mesmo a GLOBO, que pegou alguns jogos para transmitir em concessão da FOX, tem forçado a barra para que a suspensão do Corinthians seja revertida com a alegação que os torcedores pagaram ingresso. E um monte de imbecis levou sinalizadores para o estádio. Levaram lá na Bolívia como levam aqui. Burlam a Polícia Militar ou a PM faz olhos de mercador diante da infração.
A vertiginosa queda de qualidade do futebol brasileiro se deve aos dirigentes e sua incompetência crônica. Imaginar José Maria Marin presidente da CBF é imaginar Paulo Maluf presidente do Brasil.
A necessidade de mudanças estruturais defendidas já à época que João Saldanha era vivo é imperiosa. Fim dos campeonatos estaduais com o modelo atual, divisão do País em quatro regiões para as segundas divisões, estaduais como terceiras divisões e regionais como quartas, um torneio da divisão especial com 20 clubes, como é, mas sem o sacrifício de competições paralelas sem importância, falo dos estaduais no modelo atual.
Mudança de mentalidade de dirigentes (difícil) e árbitros íntegros e competentes, pois, atualmente se um é uma coisa, não é outra e os jogos registram uma incrível marca de erros e absurdos inadmissíveis no esporte.
A despeito de ser uma entidade do direito privado a CBF, às vésperas de uma Copa do Mundo merece uma CPI. E o Corinthians deveria ter sido eliminado. Não existe jogo que valha a vida de em menino de 14 anos, no pressuposto que o esporte e saudável e é diversão. Tem sido fator de alienação.
Por parte do governo não existe uma política de esportes exceto como paliativo, não existe vontade política para isso, apenas a corrupção generalizada da construção de estádios para a Copa do Mundo.
E sem contar que somos patrocinadores de uma Olimpíada em 2016.
Dilma já está em campanha.