Saber Lahmar ficou preso por quase oito anos no campo de concentração norte-americano de Guantánamo. Argelino, foi preso na Bósnia acusado junto com outros argelinos de ações anti EUA. Está solto e reside em Bordeaux, França. Um tribunal federal em território dos Estados Unidos determinou sua libertação por falta de provas.
Num relato simples e despojado, mas que reflete toda a dor de oito anos de prisão sem culpa e sem direito de defesa, afirmou a jornalistas que “o isolamento e a tortura deixarão para sempre uma mancha negra em meu coração”.
Afirmou que os “procedimentos” democráticos e cristãos de Guantánamo incluíam drogas na comida para impedir os presos de dormir. Luzes fluorescentes numa cela de dois por um e meio metros e um ar condicionado que mantinha as temperaturas do interior extremamente baixas – geladas – com direito a trilha sonora de material pornográfico como música de fundo.
Lahmar falou das divisões no campo de concentração de Guantánamo, segundo a “periculosidade” dos prisioneiros. Esteve em várias delas. A acusação principal era a de tentar um ataque contra a embaixada dos EUA em Saravejo. Quando nada ficou provado uma outra foi levantada para mantê-lo preso. A de querer se unir às guerrilhas afegãs contrárias aos norte-americanos naquele país.
“Anos de tortura por nada”, disse Lahmar. Era diretor de uma livraria na cidade de Saravejo e professor de árabe. Vai agora tentar conhecer seus filhos, ou reconhecê-los. Pior, ser reconhecido.
“Quando cheguei a Guantánamo a primeira coisa que os norte-americanos disseram foi que me esquecesse do mundo, da vida normal, esqueça tudo”. “O campo V foi o mais duro. Era para as pessoas que não falavam nos interrogatórios, Fui submetido a privação de sono, de alimentos e a exposição constante ao ruído de um motor em movimento que escondiam quando da visita da Cruz Vermelha. Não podia caminhar, me mover, falar, estava tudo proibido. E muitas vezes os carcereiros nos submetiam a descargas elétricas, ou jogavam gás na cela por vinte minutos todos os dias”.
“No campo Eco, um local de isolamento completo durante um ano e meio não vi a luz do sol e muitas vezes os interrogatórios me obrigavam a ficar assentado num banco durante 18 horas seguidas”.
“Por trás disso existem grandes pensadores. Quando não conseguiram conosco, começaram com o programa seguinte... Mas não entendem que com a força não conseguirão nada”.
“As conseqüências são psicológicas, não são perceptíveis, mas não me deixam virar a página”.
“A única coisa que quero é que me deixem tranqüilo. Ainda tenho uma mancha negra em meu coração. Para limpar essa mancha eles deveriam devolver todos os nossos direitos. Mas como? Eles dizem que eu era um terrorista. Eles devem dizer ao mundo que eu não sou terrorista”.
Ao final da 2ª Grande Guerra soldados norte-americanos se mostraram “indignados” com os campos de concentração na Polônia e outros países, onde os nazistas mantinham judeus, negros, ciganos, adversários do regime, muçulmanos, enfim, as chamadas minorias, ou os não arianos. Os “puros”.
Não há a menor diferença entre aqueles campos e Guantánamo.
Barack Obama é um dos grandes farsantes desse início de século. O clássico 171. Em sua campanha presidencial em 2008 – ano em que Lahmar foi libertado por decisão judicial – prometeu fechar o campo de concentração de Guantánamo que, segundo ele, “nos envergonha”.
Não fechou. Presidente eleito, disse que ainda era necessário mantê-lo aberto para combater o “terrorismo”.
Navios de guerra dos Estados Unidos, das colônias britânica e francesa estão em posição de combate junto ao Estreito de Ormuz, nas imediações, digamos assim, do Irã. Acusam a República Islâmica do Irã de ter intenções de fechar o Estreito e prejudicar o abastecimento de petróleo do “mundo livre”.
São arrogantes, insanos, mas não rasgam dinheiro. Atendem aos interesses nazi/sionistas dos grandes bancos, das grandes corporações.
Foram as armas químicas e biológicas que não existiam no Iraque e devastaram o país. Foram os “terroristas” no Afeganistão, onde estão sofrendo severa derrota militar e política. Foi a “ajuda humanitária” que matou centenas de milhares de líbios para se apossar do petróleo naquele país e evitar que o dólar fosse substituído como moeda de comércio com outros países.
São as ditaduras sustentadas no Egito (junta militar), na Jordânia, na Arábia Saudita, no Iêmen, em Honduras. As farsas democráticas como a da Colômbia. Uma prática corriqueira do complexo ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
As constantes tentativas de golpes, sabotagens contra os governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador, de Cuba, da Nicarágua.
A estúpida arrogância de um complexo que enfrenta resistências dentro de suas próprias bases territoriais (Israel e EUA). A doença nazi/sionista da deputada que chama a agenda de Obama de “agenda socialista”.
O capitalismo num surto predador agudo – é sempre predador –, a violência e a barbárie dissimuladas pela mídia de mercado podre e venal.
Gregos submetidos a um governo submisso aos bancos. Espanhóis, franceses e italianos rumo ao abismo diagnosticado por Fidel Castro. Um Reino Unido sem sol e decadente.
Eram comuns há alguns anos atrás espetáculos que ninguém nunca viu de pulgas dançantes, ou que pulavam. Clássica vigarice padrão Edir Macedo ou Bento XVI vendida em forma de dízimo. Ou que outro nome tenha.
A arrogância de Barack Obama com os fracos, sua submissão aos fortes, é a mesma do cara que treinava as pulgas, até porque, diante da História Obama é uma pulga. Como Bush. Um aprendiz de pulga como David Cameron governador geral da Grã Bretanha. Ou pulgas domesticadas como Merkel e Sarkozy.
É o momento do governo brasileiro – que se elegeu sendo diferente dessa banda de pulgas – assumir os seus compromissos com a América Latina.
A visita do presidente do Irã a países latino-americanos e o Brasil fora do roteiro mostra que o governo Dilma Roussef está silente e acovardado diante dos terroristas de Guantánamo.
Não haverá arroubo de independência que deterá o processo histórico, a marcha para o abismo de que fala Fidel Castro, pois se de um lado existem pulgas treinadas para destruir, de outro existem pulgas para se resignarem ao papel de coadjuvantes desse complexo terrorista que ameaça o mundo. ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
