O PING PONG DE OBAMA

Barack Obama, até as eleições presidenciais do ano que vem vai viver situações típicas de candidatos nos Estados Unidos. É a hora que o presidente sai do castelo do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A e passeia pelo entorno. Ou se vale da mídia para veicular imagens e falas prontas capazes de mostrar um líder seguro e competente, com o dom de evitar que o caos crescente leve esse entorno - os que votam e corroboram a farsa democrática - a protestar contra a forma com que os do castelo dirigem os "negócios".

Dessa vez o presidente nominal do conglomerado apareceu jogando ping pong com David Cameron, principal governador aliado na Comunidade Européia. Representa o conglomerado na antiga Grã Bretanha, hoje Micro-Bretanha. Foi Cameron quem decretou o fim do multiculturalismo numa conferência de governadores das antigas nações européias em Berlim, todos de joelhos diante de Washington.

O entorno do conglomerado é um misto de "Hollywood com bíblia", expressão com que o general Patton definiu o exército do Marrocos na IIª Grande Guerra. Mas produção "b", daquelas de dar azia em caixa de bicarbonato. Tipo monstro invadindo New York e destruindo tudo ao seu redor até o mocinho aparecer e acertar uma bala milagrosa no meio dos olhos da criatura.

O que fez Richie Magic, de 55 anos, na mesma New York - onde ainda sobrevive vida inteligente -. Em apoio à campanha anti fumo foi para as ruas da cidade e em 60 segundos, um minuto, apagou com a língua 70 cigarros.

Segundo ele para advertir aos jovens dos perigos do fumo. Segundo alguns para fazer propaganda de seu show de mágica.

Tal e qual Obama. Show de mágica.

A diferença é que a língua de Richie Magic, além de preta pela quantidade de cinzas, ficou toda empolada.

As mágicas de Obama explodem na Líbia, no Iraque, no Afeganistão, na Colômbia, no Paquistão, onde quer que se façam necessárias as bombas do conglomerado para garantir "ajuda humanitária", "democracia", desde que não seja um aliado. Se for aliado está livre para cometer qualquer atrocidade.

É pouco provável que o adversário republicano do atual presidente seja a ex-governadora do Alaska Sarah Palin. John McCain ainda alimenta pretensões e tem o aval da cúpula de seu partido. Segue à risca o modelo canibal de Bush.

Os republicanos entendem que Palin pensa corretamente, explicita à opinião pública aquilo que eles desejam que seja dito, mas tem o hábito de poses sensuais e de exibir as pernas como trunfo eleitoral. A característica da pré-candidata soa mal ao puritanismo/hipocrisia que é marca registrada do conglomerado desde os tempos que era uma nação, os EUA.



No duro mesmo preferiam uma nova receita de Ronald Reagan, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Alois Schwarzenegger, ainda mais agora que o Superman, em discurso à ONU renunciou à cidadania norte-americana cansado de ser confundido com as barbáries cometidas pelo conglomerado. Está no último número da revista mensal do super herói.

O diabo é que o ator tem nuances democratas, está enrolado com um divórcio problemático - teve um filho com uma empregada de sua casa - e não pode ser presidente, já que é americano naturalizado.

Sonho desfeito, o jeito é correr mesmo com John McCain, ou arranjar outro e andar no fio da navalha. As mágicas eleitorais de Obama são impressionantes e o presidente já demonstrou isso nas eleições de 2008.

Há quem continue acreditando, além da extrema-direita, que Obama é negro.

A saia justa que o presidente colocou o governo de Israel ao defender negociações de paz com os palestinos a partir das fronteiras de 1967 é só para inglês ver. Obama não reconheceu essas fronteiras, apenas sugeriu. Um sinal ao eleitorado que acha que os custos de manter Israel são muito altos, enquanto grassa o desemprego no território do conglomerado, sem falar no número de sem teto às voltas com hipotecas bancárias não resgatadas (mas o governo já pagou aos bancos que, por sua vez, já remunerou os executivos pelo golpe bem dado).

E nem essa expressão "para inglês ver" faz sentido mais. A Inglaterra está extinta, é território insular do conglomerado.

O francês que ameaçava buscar uma nova independência de seu país nas eleições presidenciais do próximo ano, Dominique Strauss Kahn está preso em State Island, num presídio ilha, acusado de estupro.

É interessante a situação do ex-diretor do FMI. Preso num avião prestes a decolar para a Europa, foi acusado de assédio sexual e estupro contra uma camareira no hotel onde se achava hospedado e apresentado a uma corte. À falta de provas já providenciaram um DNA do esperma do dito na vagina da camareira. A primeira versão da polícia de New York, liberando um depoimento da suposta vítima, falava em "fui obrigada a fazer sexo oral nele".

Mike Tyson foi condenado por estupro em situação quase semelhante. O puritanismo norte-americano na palavra da vítima contra a do acusado, sem qualquer prova além disso, entendeu que, mesmo tendo ido ao apartamento do lutador e ter sido vista antes aos beijos com o mesmo, a moça fora estuprada.

Sequer a condição de homossexual de Tyson foi revelada.

Ted Kennedy em situação também semelhante, à mesma época de Tyson, foi absolvido por um grande júri que entendeu que, sendo prostituta, a palavra da acusadora não valia. Nos autos do processo constava que ela e outra moça estavam na residência do ex-senador, alcoolizado e que houve sexo. O júri entendeu que foi consensual.

Há casos na justiça americana de homícidios em que o corpo da vítima é excluído dos autos por ter sido tocado de forma não "legal" por autoridades policiais. Ou a arma, por ter sido obtida através de meios "ilegais", mesmo que lá estejam as impressões digitais do assassino.

O sujeito lai lépido e fagueiro e nada pode mudar a decisão. O. J. Simpson, astro do futebol norte-americano foi absolvido da acusação de ter assassinado sua mulher com todas as evidências contra ele, mistérios que nem os norte-americanos são capazes de explicar. O ex-jogador cumpre pena numa penitenciária por assalto a mão armada.

A falácia que o judiciáro por lá funciona plenamente é só falácia. O jeitinho existe da mesma forma que aqui.

A maior mágica de Obama, no entanto, vai ser, até as eleições, o assassinato de Osama bin Laden. Mais ou menos como nos tempos de Bufalo Bil. O presidente vai viajar o entorno inteiro do conglomerado até as eleições exibindo o troféu.

Se até lá nada de ruim acontecer é quase certo que possa ser reeleito. Rendeu-se aos interesses do conglomerado (o complexo financeiro, industrial e militar que detém a maioria das ações) e sobre Bush leva a vantagem de falar e andar ao mesmo tempo, ao contrário do texano. Se andava não falava e se insistissem muito lia livros de cabeça para baixo.

É esse ping pong que determina como o mundo será. Embaixo da mesa guardam um arsenal de milhares de ogivas nucleares capazes de destruir a Terra cem vezes se necessário for.

O nome dessa mágica é boçalidade.
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