AS MULHERES "SUBVERSIVAS" DA ITÁLIA

Estoura a luta das mulheres na Itália - 13.02.11






















O primeiro-ministro Sílvio Berlusconi rotulou de “subversivas” as milhares de mulheres que saíram às ruas em diversas cidades italianas para protestar contra seu governo e a forma como são tratadas. Como se objetos fossem.

Há um determinado tipo de governante, em qualquer tempo, que a partir de um determinado momento vira uma espécie de diversão para a mídia. Ou por seu comportamento tresloucado, caso de Id Amin Dada, o “imperador” Jean Bedel Bokassa, ou por sua absoluta falta de responsabilidade, respeito e condições mínimas de exercício de qualquer função pública, caso de Berlusconi.

Sílvio Berlusconi é banqueiro, tem um império midiático (tevês, jornais, revistas) e dono da Milan, o clube onde joga o brasileiro Robinho.

Tem se mantido no governo da Itália à custa de manobras políticas tipo compra de deputados, senadores, tem vencido eleições pelo poder econômico e fraudes e tem sido o alvo preferido das chacotas da mídia européia principalmente, mas em todo o mundo.

Sua especialidade são as festas onde contrata prostitutas e anuncia sua virilidade extrema, sem qualquer preocupação com o que possa acontecer depois, inclusive, um processo por pedofilia, no caso uma marroquina à época do “encontro” com o Duce (versão esfarrapada), menor de idade.

Berlusconi costuma dizer a jornalistas em sua defesa que não tem culpa das mulheres se sentirem “atraídas por sua masculinidade jovem”.

Afirmou a jornais e tevês que a manifestação foi um ato de “mulheres subversivas” de uma “esquerda decadente”, que não se “conforma de perder nas urnas”.

A rigor não existe esse “perder nas urnas”.

A Itália é um país em processo de extinção e a não que ser que haja uma mudança brusca e rápida de rumos, Berlusconi é o síndico da massa falida. Foi escolhido pelos maiores acionistas o conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

As últimas eleições foram recheadas de fraude – publicamente denunciadas – e o percentual de vantagem do primeiro-ministro foi mínimo, exíguo, exatamente a conta do chá acertada na fraude.

O primeiro-ministro ao longo de sua carreira protagonizou fatos que o transformaram no grande palhaço – sem ofensa aos palhaços, coisa muito séria – da mídia européia e mundial.

Por exemplo, numa foto que marcava o fim de uma assembléia geral ordinária do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, na extinta Grã Bretanha (principal base militar/terrorista do conglomerado na Europa), onde estavam quase todos os acionistas, o representante do grupo majoritário (EUA, Barack Obama) e o séquito de minoritários, ao centro a rainha Elizabeth II, o italiano, assim que o fotógrafo clicou, deu um berro assustando sua majestade.

“Senhor Obama eu preciso falar com o senhor”. Uma espécie de elefante em loja de louças, mas o melhor (menos ruim) que o conglomerado pode arranjar para liquidar a Itália.

A gargalhada foi geral, mas pior que isso, os bigodes tratados a parafina e os cabelos ornados com berloques reais, restaram incomodados com a forma, digamos, deselegante, com que Berlusconi se comportou, ferindo a sensibilidade da rainha.

Obama riu e foi conversar com ele. Ser presidente de conglomerados como EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A tem dessas coisas, é preciso engolir alguns sapos.

Há dias o primeiro-ministro da Itália, a propósito da crise no Egito, disse que Mubarak não iria cair e proclamou – “ele é um sábio” –. Como são da mesma laia fica fácil entender o que Berlusconi quis dizer com sábio. Algo como pilantra escolado.

A marroquina contratada por Berlusconi para uma noite a dois num dos palácios do Duce, em entrevista à imprensa, assim que surgiu o escândalo, declarou que o primeiro-ministro é “carinhoso, gentil e solitário”. Isso rendeu algo em torno de 20 mil dólares e algumas promessas futuras.

Há cerca de um ano atrás o primeiro-ministro fundou um partido para tentar lançar suas “contratadas” como candidatas ao parlamento italiano. A manobra fracassou depois de denunciada por uma das moças (ficou fora da chapa, não coube) e acabou frustrando os planos de Berlusconi de confirmar o caráter de bordel da maioria do parlamento da falida Itália.

Esse escândalo custou também alguns milhares de dólares para convenientemente silenciar algumas “contratadas”.

No caso especifico do Brasil o primeiro-ministro é amigo de Gilmar Dantas Mendes, ministro (a avacalhação é geral a essa altura do campeonato), ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e tem buscado negociar com ele, direta ou indiretamente, pela porta dos fundos do gabinete do brasileiro, formas de conseguir a extradição de Cesare Battisti.

Quer ter um trunfo nas próximas eleições, exibir a cabeça do escritor, condenado com base em procurações falsas e acordos de delação premiada por dois ex-companheiros de luta armada.

Um deputado da base do primeiro-ministro, quando soube que o STF tendia a deixar o caso a cargo de Lula, então presidente, proclamou que o Brasil “não é necessariamente conhecido pela fama de seus juristas, mas pelas bundas de suas mulheres”.

Creio que o Duce, versão esfarrapada, síndico da massa falida Itália, só não providenciou um ataque militar ao Brasil por conta de suas ocupações extra-governo. Do contrário teria tentado enviar a armada italiana (existe?) e ocupado o país, nomeando Gilmar Dantas Mendes governador da província sul americana.

O fato é que as mulheres italianas, ao saírem às ruas para protestar contra o comportamento pornográfico/público do primeiro-ministro, buscaram mostrar que a despeito da falência, há quem acredite que é possível reverter o quadro e acima de tudo, há quem exija respeito, afinal são mães, esposas, mulheres e trabalhadoras.

A reação de Berlusconi é típica da década de 30, quando Mussolini esbravejava para toda a Itália sua valentia e no momento de bancar o tal esbravejar foi choramingar com Hitler. Terminou pendurado numa árvore.

Não é e nem vai ser o caso de Berlusconi.

Vai parar nas páginas de algum almanaque tipo “acredite se quiser”, entre as seções de “pessoas bizarras”, “governantes malucos”.

E nem é tanto o caso de governante maluco. É de quem é banqueiro, uma espécie de Roberto Marinho italiano, logo, pilantra de quatro costados. Não precisa dizer mais nada, exceto que Marinho tinha mais classe na bandidagem. Só isso.

Sílvio Berlusconi é um bobo, mas não significa que não seja perigoso. Sabe que tanto quanto pode comprar uma marroquina menor de idade para uma noite em seu palácio, um deles, pode acertar os “negócios” com Gilmar Dantas Mendes, César Peluso e outros menos votados no Brasil.

Resta saber quem custou mais. Acho que a marroquina.

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