Era o ano da graça de 1994 e Ricúpero substituíra a Fernando Henrique Cardoso, então candidato a presidente da República. O Plano Real fora lançado e o papel de Ricúpero, um diplomata de carreira, era tocá-lo de maneira tal que a eleição de FHC não fosse colocada em risco.
A declaração foi feita quando o ministro achava que os microfones do jornal da GLOBO estavam desligados e valeram sua demissão. É evidente que na GLOBO. Existe a propaganda gratuita e a propaganda paga, muito bem paga, é o caso da GLOBO, porta-voz do neoliberalismo no Brasil e subordinada ao capital estrangeiro.
O ex-ministro saiu das catacumbas para dizer que a política externa brasileira, a do atual governo, é marcada pela “busca incessante dos holofotes”. Funcionário do Itamaraty e com extras da Fundação Ford e outros organismos norte-americano, ressurge como um dos arautos da campanha de José Collor Arruda Serra e investe contra a viagem do presidente Lula ao Oriente Médio.
Rubens Ricúpero é um dos vários diplomatas brasileiros que se acostumou a tirar os sapatos e cair de quatro a uma ordem da imigração nos aeroportos dos EUA, não se acostuma à idéia de um País livre, soberano e senhor de seu nariz.
Pensa como norte-americano é ligado ao sionismo (terrorismo) e age no Brasil como tal.
A declaração feita em 1994 não deixa dúvidas quanto ao caráter do embaixador. Foi curta, rasteira e definitiva. Ou seja, supunha estar falando apenas para o seu cunhado, Monforte, preparando-se para faturar o que é bom e esconder o que é ruim quando o jornal entrasse no ar.
Sua posição ficou insustentável no governo e a sua permanência acabaria desgastando a candidatura de FHC. E tanto é assim que buscaram uma solução mágica, de grande impacto. O governador do Ceará, Ciro Gomes, renunciou ao seu mandato e foi para Brasília assumir o Ministério da Fazenda.
A falta de escrúpulos confessa de Rubens Ricúpero foi jogada para um canto pela mídia e FHC virou presidente.
Em sua falta de escrúpulos, confessa, o embaixador Rubens Ricúpero deve ter imaginado faturar um extra do lobby sionista num momento delicado das relações do estado terrorista de Israel com o governo dos EUA e disparou suas críticas a Lula.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, em discurso no Parlamento britânico, na terça-feira, 23 de março, anunciou que seu governo vai expulsar um diplomata israelense acreditado em Londres. O fato? Falsificação de passaportes britânicos para que terroristas do MOSSAD (serviço secreto de Israel) pudessem assassinar um dirigente do Hamas no Dubai.
“Pedi que um membro da embaixada de Israel se retire da Grã Bretanha por ligação com o assunto e isto está acontecendo”. Foram as palavras de Miliband na Câmara dos Comuns.
Esqueceram-se de avisar a Ricúpero que Hilary Clinton condenou a construção de casas para colonos israelenses na parte palestina de Jerusalém. Decisão anunciada pelo governo terrorista de Israel em franco desrespeito a resoluções das Nações Unidas. As críticas da secretária de Estado e do presidente Obama valem a Obama epítetos nada agradáveis, mas típicos do governo de Tel Aviv, em Israel. O presidente norte-americano é chamado de “negro”, em tom pejorativo, o lobby sionista, controlador do maior número de ações dos EUA, foi convocado a trabalhar desde já para a derrota de Obama nas próximas eleições.
Não aceitam na irracionalidade de terroristas qualquer oposição. Quando podem matam, como o fizeram com o líder do Hamas no Dubai, ou como fazem com palestinos (um grupo israelense de soldados arrependidos denunciou em toda a Europa os crimes contra o povo palestino). E as perspectivas de paz terminam sempre num assassinato de quem a defende, caso do primeiro-ministro Itzak Rabin, morto por um “fanático judeu” (terrorista do MOSSAD), após a assinar um tratado que reconhecia o Estado Palestino e previa a devolução da parte árabe de Jerusalém.
Foi a primeira vez que uma autoridade norte-americana falou em “riscos para a sobrevivência de Israel”, ao referir-se à decisão de construir casas para colonos na Jerusalém árabe. Hilary usou essa expressão. E na terça o primeiro-ministro de Israel ouviu de Obama a mesma coisa.
Na segunda-feira, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense discursou para os acionistas do lobby que controla os EUA (sionistas) e foi claro ao afirmar que seu país vai manter sua política expansionista, “tem direito” a Jerusalém como capital do Estado de Israel e recusa-se a aceitar qualquer decisão da ONU ou de quem quer que seja sobre o assunto.
Avigdor Von Ribentropp Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel “lamentou” a expulsão do terrorista em Londres, mas não é a primeira vez que o MOSSAD age na capital britânica. Em 1988 um terrorista acobertado por imunidade diplomática foi expulso por envolvimento numa tentativa de seqüestro de um membro da OLP (Organização pela Libertação da Palestina).
Há alguns anos atrás o treinador Duque, treinava o Fluminense à época, no intervalo do primeiro para o segundo tempo, reuniu os jogadores no vestiário, a equipe perdia de dois a zero para o América e “combinou” as jogadas para o primeiro gol, o gol do empate e o terceiro gol, o gol da vitória.
Gérson, o notável jogador brasileiro, ouviu a exposição de Duque em silêncio e ao final perguntou se já havia combinado com o técnico e o time adversário para tudo dar certo.
Esqueceram-se, na falta de escrúpulos total (confessada ao vivo e em rede nacional) de comunicar aos funcionários subalternos, caso do embaixador Rubens Ricúpero, que era hora de ficar calado e não criar problemas, num momento que o terrorismo do Estado de Israel é condenado por dois dos maiores aliados da organização terrorista. Os Estados Unidos e a Grã Bretanha.
Era só mandar um memorando para os escalões inferiores da organização e pronto.
Ricúpero é um dos agentes estrangeiros designados para a campanha de José Collor Arruda Serra, na tentativa de colocar o Brasil de quatro a partir do próximo ano e mudar a grafia do substantivo que dá nome ao nosso País. Ao invés de BRASIL, BRAZIL.
De quatro e descalços no aeroporto de New York. Rastejar, rastejam por aqui mesmo no dia de chegar ao guichê e receber o “pró-labore”. Ou quando beijam as mãos dos patrões. Aí não têm pudor algum em se confessarem bandidos.