O general norte-americano que havia pedido desculpas aos afegãos pelas vítimas civis por bombardeios equivocados de artilharia pesada decidiu mudar de idéia. É que no dia seguinte ao seu pedido de desculpas outro ataque matou mais cinco civis. Fica mais fácil afirmar como o fez que os Talibãs usam civis como escudo.
Dizer que milhares de cidadãos haitianos saíram às ruas para protestar contra a ocupação de seu país e pedir a imediata retirada de tropas brasileiras e norte-americanas, nem pensar. Não passa na GLOBO de jeito e maneira. A visão da REDE e da grande mídia brasileira é que liberdade de expressão é a presença de tropas brasileiras e norte-americanas garantindo a propriedade privada, os bairros residenciais de alto luxo e o petróleo nosso de cada dia, isso no caso dos EUA.
No dia primeiro de março, em São Paulo, financiados por banqueiros, empresários e latifundiários, sob o patrocínio da ABERT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO) os patrões e donos começam a discutir “liberdade de expressão. Tem dinheiro da Fundação Ford no meio do encontro, e alguns empregados desses que vivem grudados no saco dos patrões estarão lá para renovar as elegias. É o caso de Arnaldo Jabor.
O governador de São Paulo, José Collor Arruda Serra, telefonou ao governador do Rio, Sérgio Cabral para dizer que iria assistir ao desfile de escola de sambas na Marquês de Sapucaí. Avisou e pediu ao colega carioca vaga para ele, a mulher e dois ou três assessores no camarote oficial e não foi.
Uma pesquisa instantânea feita pelo IBOPE e pelo professor Lavareda, funcionário tucano no setor, constatou que Serra seria vaiado todas as vezes que seu nome fosse citado, ou que ele fosse visto.
Optou por ir ao Recife a convite de Roberto Freire, dublê de conselheiro (a doze mil por mês) e mito de político honesto – só mito – onde pouco apareceu e quando apareceu foi cercado de acólitos. O mesmo em Salvador. Estava previsto que o governador sambaria (é o cúmulo da esculhambação!) no trio elétrico de Daniela Mercury, mas o risco de vaia estrondosa vai ser transformado em aplausos trepidantes na magia da edição.
Simples. Nos próximos dias as imagens de Serra serão editadas junto a multidões como se o governador tivesse sido ovacionado em cada um dos lugares onde passou.
É um velho truque tucano, o de parecer uma coisa e ser outra.
José Collor Arruda Serra é uma das figuras mais repugnantes da política brasileira. Já mandou avisar que se Arruda abrir o bico sobre o dinheiro de caixa dois na campanha de Kassab em 2008 (prefeito serrista de São Paulo) é para largá-lo à própria sorte, entregá-lo aos urubus.
José Roberto Arruda é aquele que aparece num vídeo ao lado de Serra, em que o governador paulista, cínico, mentiroso, corrupto como Arruda, discursa dizendo “vote num careca e leve dois”. Estão lá os carecas e boa parte das quadrilhas DEM/TUCANA.
O diretor do programa Big Brother, versão solene da missa capitalista, Boninho, ungido para jogar água “benta” da janela de um apartamento em Copacabana em pessoas que “são feias e vadias”, acompanhado da bispa Narcisa Tamborindeguy, disse há três semanas atrás que “faço o BBB da forma que deve ser feito, popular, provocativo e apelativo. É pra pegar o povão, as rodas de conversas, de todas as classes e dar audiência”.
Tudo levando em conta as acusações que o apresentador Pedro Bial não é imparcial (até rima). Bial nunca foi em nada. É uma espécie de fac totum do patrão. Se o negócio é cair de quatro cai. Se é rastejar, rasteja. Só ficou calado quando o governador do Pará Roberto Requião, de dedo em riste, chamou-o de mentiroso. Nem um pio. Retrucar como se é mentiroso?
É o espetáculo. “O pensamento da organização social da aparência fica obscurecido pela subcomunicação generalizada que ele defende. Não sabe que o conflito está na origem de todas as coisas do seu mundo. Os especialistas do poder do espetáculo, poder absoluto no interior de seu sistema de linguagem sem resposta, são, absolutamente corrompidos por sua experiência do desprezo e do êxito do desprezo, pois reencontram seu desprezo confirmado pelo homem desprezível que é realmente o espectador (Guy Debord, “A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, Contraponto, 2000).
”Os povos gostam de espetáculo, através dele, dominamos seu espírito e seu coração”. Luís XIV, rei da França.
Em
http://hondurasurgente.blogspot.com/2009/09/marqueteiro-trabalha-para-micheletti.html
É possível entender esse mundo de ficção deliberada. Pensada, planejada e posta em prática para “libertar” o bando de “homens desprezíveis”, o telespectador, da consciência crítica. Pensar para que?
Acabou o carnaval? Está chegando o sábado. Cerveja, churrasco, e o dilema vivido pelo Flamengo. Entra o mau caráter Zico (chegou dizendo que quer ser o técnico), ou fica o competente Andrade? Zico foi demitido no seu último time por incompetência.
Um grupo de cinco católicos, um deles exercendo cargo de confiança no governo José Roberto Arruda, foi passar a terça-feira de carnaval em vigília à porta do local onde o governador/bandido está preso. Vicente de Paulo, o nome do “amigo do governador”, com direito a função gratificada, estava munido de megafone e de mãos dadas ele e mais quatro oraram e pediram por Arruda.
Os problemas de Bento XVI são bem mais complexos. Orientou o clero irlandês a cooperar com as autoridades para apurar casos de pedofilia naquele país. O grande problema é o elevado custo das indenizações previstas para abafar os escândalos maiores do que se possa imaginar.
Edir, o Macedo, já avisou que se for preciso para salvar os irlandeses abre uma filial de sua igreja por lá. É só acertar a questão do dízimo.
Tirando fora os acertos de Madona com empresários brasileiros (michê para ajudar as crianças pobres da Amazônia), a sacerdotisa Paris Hilton veio anunciar uma determinada marca de cerveja, tomou todas, caiu de quatro, rolou pelo chão e ao embarcar de volta não se sabe para onde, disse que “levo saudades do Brasil”.
“Escolhido o papel, falta montar o espetáculo. Buscando inspiração nas técnicas teatrais ou cinematográficas, para melhor confundir a arte política e o artifício. Ajustando-se à mediapolítica, a política tal como a degradaram os mass media; “a grande imprensa”, o rádio e a televisão. Entregando-se à indústria do espetáculo político, animado pelos compains managers” (Roger Gérard Schartzenberg, “O Estado do Espetáculo”, DIFEL, 1978)
Não existe uma catedral para Maradona na Argentina? Que tal uma para a GLOBO no Brasil, com São Boninho, São Bial, Santa Miriam Leitão, etc, etc, além do messias William Bonner.
E um monte de Homer Simpson, o conceito pronto e acabado de “homem desprezível”.