O DILEMA TUCANO/DEM – O "MATA E ESFOLA" E O "DEIXA ESTAR PARA VER COMO FICA"

O jornalista Josias Rodrigues revela em seu blog no site do UOL (FOLHA DE SÃO PAULO), que o DEM não sabe o que fazer com o governador de Brasília José Roberto Arruda. É que o operador da quadrilha na capital federal já ameaçou abrir o bico caso não seja solto e o seu “patrimônio”, constituído de propinas e agradecido em orações, não seja salvo.

A hipótese de Arruda abrir a boca complica, por exemplo, está lá no blog de Josias Rodrigues, parte do dinheiro da campanha de Gilberto Kassab para a Prefeitura de São Paulo. Em 2008. Kassab foi o candidato de José Collor Arruda Serra e condição básica imposta pelo DEM ao PSDB para manter a “aliança” nas eleições de 2010. É o segundo ou terceiro maior orçamento do País, nada desprezível para a quadrilha.
José Collor Arruda Serra mandou o candidato de seu partido e favorito Geraldo Alkimin às favas e arregaçou as mangas para eleger Kassab. O curioso é que em 2004, quando foi eleito prefeito de São Paulo, José Collor Arruda Serra aceitou Kassab como vice, mesmo sabendo que o prefeito da capital é bandido de alta periculosidade e sem qualquer escrúpulo. Como ele José Collor Arruda Serra.
 
Na quadrilha DEM são dois os grupos se batendo em torno do problema. O de Ronaldo Caiado, defensor do trabalho escravo, latifundiário, acha que é preciso “matar e esfolar” Arruda e Paulo Otávio, sem deixar rastros, o velho estilo do latifúndio, pistoleiros para resolver situações assim.
 
 A outra turma, a “deixa estar para ver como fica”, acha que é preciso esperar, negociar para evitar prejuízos maiores, danos irreversíveis a operações que mantêm em conjunto com o tucanato em todo o Brasil e, principalmente, não prejudicar a campanha de 2010, quando tentarão, de todas as formas, emplacar o governador José Collor Arruda Serra como principal “operador” dos “negócios”.
 
Registre-se que Serra caiu fora dos desfiles das escolas de samba de seu estado, da capital, debaixo de forte recomendação dos seus marqueteiros, para não tomar estrondosa vaia, capaz de ser ouvida para além das fronteiras paulistas.
 
E mais, registre-se que José Collor Arruda Serra já mandou avisar que não tem nada com isso e que se o DEM não resolver os seus problemas pode ficar fora do eixo “chave do cofre”. O real objetivo da turma nas eleições de 2010, em qualquer eleição.
 
Primata, que não fala e anda ao mesmo tempo, Ronaldo Caiado acha que eliminados do partido Arruda e Paulo Otávio, governador e vice, o impasse estará resolvido. Fala a moda das hienas, com bota, chicote e todos os ingredientes necessários a manter ordem na senzala.
 
Mais experientes, vivaldinos, a turma do “deixa estar para ver como fica” teme que entre os documentos apreendidos na casa de Arruda estejam as “doações” feitas para a campanha de Kassab, de outros candidatos do DEM em outras prefeituras. É que alguma coisa, para disfarçar, entrou pela porta da frente, com recibo e tudo o mais, doado por empresas. E “outras coisas” pela porta dos fundos. Recursos inconfessáveis. Dos “fornecedores” do governo de Brasília.
 
Recursos assim do tipo que o embaixador da Itália no Brasil mandou para Gilmar Mendes, pela porta dos fundos, no caso Cesare Battisti. Ou Daniel Dantas em seu próprio benefício.
 
Como os ministros do STF terão que dar a cara a tapa, votando o habeas corpus em favor de Arruda e isso deixa alguns em situação difícil (como explicar depois e como continuar a merecer a “confiança” da turma?), o cálculo final do custo de uma operação desse porte é incalculável.
 
A primeira tarefa é tentar convencer Caiado que não é bem assim. É a mais difícil. O deputado goiano acostumado com escravos em suas fazendas, chicote, pelourinho, etc, acha que o resto do mundo é assim e que um bom pistoleiro resolve o assunto, até esquecido que Paulo Otávio, o vice-governador, é muito mais complicado e perigoso que Arruda, age na mesma linha, “mata e esfola”.
 
Segurar Arruda não é difícil. Uma boa mala cheia de dinheiro, garantia que nada lhe acontecerá, que o “patrimônio” estará a salvo de qualquer dano, isso é o bastante. O governador pede desculpas, reza, arranja um mandato de deputado e ganha imunidade, fica tudo em família. Arranja um Edir, o Macedo, qualquer da vida para dar o “testemunho” do seu “arrependimento”, é a coisa mais fácil do mundo. Até o presidente da CNBB. O tal que não gosta que critiquem tucanos ou DEM.
 
Um dano nesse processo todo é que alguns DEM começam a achar que José Collor Arruda Serra é o problema real. Não tem chances de ganhar a eleição, hoje ganha apertado em seu próprio estado, São Paulo, toma uma coça no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, dança em Minas e patina no resto.
 
Boris Casoy deve ter tido um ataque quando viu as imagens de Dilma Roussef dançando com um gari.
 
Nessa confusão geral o governador de Minas, Aécio Pirlimpimpim Neves, de tocaia, à espreita, rola de rir e se prepara para um grande acordo que ou desemboca em súplicas gerais para que seja ele o candidato tucano à presidência, com apoio do DEM, ou enterra José Collor Arruda Serra em Minas.
 
A menos, evidente, que de repente, numa crise, ou de abstinência, ou overdose, jogue tudo para o espaço e aceite ser vice do governador paulista. Aí vira adereço no processo, barata que o sapato DEM/TUCANO esmaga em seguida às eleições.
 
Sem contar que ainda tem que carregar a mala sem alça chamado Itamar Franco, agora aliado do conselheiro Roberto Freire.
 
Há crise nas máfias DEM/TUCANA. Há pânico de Arruda, medo que FHC continue destrambelhado e falando as bobagens que tem dito no pressuposto que é “deus” e ainda por cima, é preciso ajeitar a casa, evitar que turma do “mata e esfola” ponha tudo a perder, inclusive algumas cabeças coroadas com mandatos de senador e deputado.
 
É o tal negócio né, “vote num careca e leve dois”.
 
Está lá, com todas as letras, no blog do jornalista Josias Rodrigues
 
“No pleito municipal de 2008, a máquina ‘demo’ de Brasília borrifou verbas nas arcas de comitês de campanha instalados em várias partes do país.
 
Arruda ajudou a forrar, por exemplo, o caixa de campanha de Gilberto Kassab, o prefeito ‘demo’ reeleito em São Paulo.
 
A direção do partido alega que todo dinheiro vindo de empresas fornecedoras do GDF ingressou nos livros do DEM pela porta da frente, mediante recibo.
 
A turma de Arruda insinua que a coisa não foi bem assim. Uma parte do dinheiro teria transitado por baixo da mesa. As hesitações da direção do DEM tonificam as suspeitas.
 
Paira no ar a impressão de que, se resolver destravar os dois ‘Bs’ que lhe restam (boca e baú), Arruda pode produzir um novo escândalo”.

 
É o Brasil rumo ao BRAZIL, sonho DEM/TUCANO. 

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