No caso do secretário de saúde de Minas, Marcus Pestana, ele compra prefeitos, vereadores e cabos eleitorais para pular de deputado estadual para deputado federal. Não fosse assim sequer vereador em sua cidade seria eleito.
Yeda Crusius investe 3,75% do orçamento na saúde e Aécio 7,09%. A Constituição determina o percentual mínimo de 12%. O governador de São Paulo, José Serra, só conseguiu atingir esse índice de 12% após um recurso em que incluiu a distribuição de leite a famílias carentes como aplicação em saúde.
O interessante que Renato Rovai revela é que quando a então prefeita de São Paulo Marta Suplicy incluiu os custos com uniformes escolares para crianças de famílias de baixa renda, os tucanos acusaram-na de estar desviando recursos da educação.
Outra revelação de Rovai é que dos 27 governos estaduais, 16 investiram menos que 12%, o teto mínimo estabelecido pela Carta Magna. Minas e o Rio Grande do Sul lideram os desvios.
Yeda Crusius tem em curso um processo de impedimento na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, corrupção generalizada e o governo Aécio é uma espécie de viagem estratosférica que, entre outras coisas, resultou na compra recente de um apartamento no Rio de Janeiro, valor de 12 milhões de reais, que é onde de fato reside o governador e de onde finge que governa Minas.
Serra é um caso à parte. Governa São Paulo, um país vizinho que fala a mesma língua e é controlado pelo esquema FIESP/DASLU, quadrilha associada a Wall Street. Como FHC, as cordinhas que movimentam José Serra não estão aqui. Mas nos EUA.
Há uma velha história sobre um latifundiário que contratou um pistoleiro para eliminar um desafeto e depois em meio a uma crise de consciência (história mesmo, porque latifundiário não tem crise de consciência, nem sabe o que é isso), mandou alguém chamar o pistoleiro para suspender a execução. Tarde demais. O pistoleiro foi encontrado numa igreja rezando pela alma do finado. Era pistoleiro, tinha algum escrúpulo, um tipo de honra mafiosa.
Para se ter uma idéia do que seja esse esquema FIESP/DASLU, Ermírio de Moraes, paladino do progresso, do patriotismo, que levanta às seis e trabalha até meia noite, é um dos sócios do antigo estado do Espírito Santo e um dos mais importantes predadores ambientais que o Brasil conhece. Da turma que destrói, mas “gera emprego” e “progresso”.
Um dos últimos eventos patrocinados por Ermírio através da ARACRUZ,foi uma semana de defesa do meio-ambiente. Não se trata de sarcasmo, mas exibição criminosa de arrogância, impunidade e poder.
É esse time que comanda Serra no Brasil.
Seria interessante saber quanto dinheiro foi gasto na compra de medicamentos contra a gripe suína, gripe transformada em pandemia com perspectiva de milhões de mortes segundo a GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, partes do esquema FIESP/DASLU.
A preocupação com a saúde do brasileiro. Transformada em propina e naturalmente caixa dois para campanhas eleitorais.
Se as profecias de Miriam Leitão sobre a gripe suína tivessem se transformado em realidade, com certeza, nem eu estaria escrevendo, nem você lendo. Estaríamos mortos.
Miriam Leitão é porta-voz de gente como Yeda, como Aécio, como Serra.
Ermírio de Moraes é associado aos donos reais, sem rima.
No caso de Minas o secretário Marcus Pestana terceirizou vários serviços ligados à sua Secretaria e seu sub-secretário Antônio Jorge montou empresas para beneficiarem-se dessas terceirizações, óbvio, através de laranjas. Antônio Jorge está em dúvida se sai ou não candidato a deputado estadual.
O interessante no esquema tucano é que não varia, não muda. O que muda é o marketing. O que por exemplo transforma um sabão em pó de quinta categoria, José Serra, numa espécie de tira manchas absoluto, único no mercado.
É o peixe que querem impingir aos brasileiros em 2010. Ou ele, ou Aécio e segundo eles, Yeda é um padrão de dignidade. Claro, dignidade tucana, onde vale tudo, mas tudo mesmo.