Obama começa a entrar nessa também. De “recomendar” a outros países o que devem fazer. E a conversa é a de sempre. Direitos humanos, democracia, um cardápio que se repete exaustivamente desde tempos imemoriais. Os donos do porrete “aconselhando” os que vão ser “porretados”. E historicamente têm sido “porretados”.
A grande aposta de Obama quando chama Lula de “o cara” é jogar todas as fichas em José Serra, na pior das hipóteses num tresloucado como Aécio Neves. Sabe que as eleições acontecem no Brasil no próximo ano e conta com um governo dócil e prestativo, capaz de aplicar as “recomendações” que, naturalmente, irão desembocar em golpes ou tentativas de golpes contra governos que não acatam “recomendações” e “conselhos”. Ainda sobrevivem muitos “dráculas” patriotas sedentos de sangue nos carros da FOLHA DE SÃO PAULO.
Um século ou pouco mais a Europa vira museu e Sílvio Berlusconi vai ser boneco de cera. “Aqui nesse império o sol não se punha” dirá um guia a um incrédulo estudante, incapaz de imaginar que nos domínios da Grã Bretanha, a essa altura pequena Bretanha, que de fato o sol não se punha.
Não há diferença alguma entre qualquer governante inglês ou integrante do Parlamento da Comunidade Européia – o nome é pomposo – e Francis Drake, pirata preferido de sua majestade a dita rainha Vitória. Virou “sir” e ganhou assento à Câmara dos Lordes.
Acreditam que seja possível “recomendar” e “aconselhar” a governos que se opõem aos interesses econômicos fétidos – como diz Chávez –.
O rei da Espanha deve estar esbravejando com sua espada e seu uniforme, pronto para desembarcar em Caracas e gritar “cala-te já”. Vem de bengala. Bengala mental bem entendido.
E apostar no Brasil com José Serra ou nas galáxias siderais com Aécio é apostar na velha e surrada frase de Nixon – “para onde for o Brasil se inclina a América Latina”. Já não é mais assim. O presidente do Paraguai, país vítima de um genocídio “patriótico", numa guerra financiada pela coroa inglesa em nome de seus interesses, deles, disse não a Lula no caso de Itaipu.
O presidente da Venezuela se junta a outros presidentes latino-americanos e mandando as “recomendações” e “conselhos” às favas, prepara o seu país para assumir o controle absoluto de todos os negócios da principal riqueza do povo venezuelano, o petróleo.
Não sei se a coroa espanhola dispõe de mais algum Pizarro. Chávez coloca na cadeia generais corruptos – Baduel – e provoca o pedido de exílio de um ex-prefeito que quis aproveitar os cofres públicos para coisa bem pior que os congressistas brasileiros e ex-congressistas também, falo das passagens aéreas para “meu filho conhecer a Disneylândia e melhor se ilustrar em história contemporânea”.
Pateta.
Os tempos hoje são de Homer Simpson.
O modelo político brasileiro está esgotado e os novos tempos e transformações na América Latina, particularmente na América do Sul estão a indicar que o Brasil precisa recuperar o sentido e a direção dessas mudanças, perdidas lá no golpe militar de 1964. Foi quando militares “nacionalistas e patriotas” financiados pelos norte-americanos assumiram o governo e implantaram um regime perverso, cruel e corrupto em nome dessa democracia e desses direitos humanos.
Fizeram como fazem hoje os sionistas de Israel com os palestinos. Câmaras de tortura, seqüestros, assassinatos, estupros, esses pratos preparados por mestres cucas da “liberdade” dos bancos, dos empresários FIESP/DASLU – sonegadores – e dos latifundiários que associados a banqueiros trasladam jornalistas para a farsa de um “terrorismo” que é deles, nos constantes massacres contra trabalhadores.
Aí, no meio desse amontoado de fatos Chávez vira um monstro e um ditador. E Obama assume o controle da General Mortos/Motors, passa uma parte a um sindicato pelego e corta direitos de trabalhadores, em nome do emprego, da estabilidade econômica e dos novos tempos.
Nos cantos de cá, diante da crise a Mercedes Benz – financiadora da Operação Bandeirantes – anuncia que vai reduzir a produção diante da crise. Mas a verba da GLOBO essa está garantida.
Inúmeros civis foram mortos por uma “recomendação” de direitos humanos no Afeganistão. Chegou pelos céus em forma de bombas e Obama já disse que “houve sim algumas mortes, mas estão exagerando”. São os olhos azuis falando. Ou o “moreninho” segundo Belusconi. Queimado de praia.
Em Israel, estado terrorista, corretores de imóveis anunciam a venda de lotes de terras tomadas a palestinos em nome da legítima defesa. E o terrorista é o presidente do Irã.
Lula deve abrir os olhos antes que o Parlamento Europeu lhe dê o título de “sir” ou qualquer coisa assim. Se isso acontecer Gilmar Mendes um dos mais qualificados funcionários dos donos (só recebe pela porta dos fundos) e remunera seus pares em fraudes montadas com dinheiro público, todos de notável saber jurídico e ilibada reputação, mas repito, se acontecer, Gilmar vai lá e dá um passa fora no presidente e ainda estende o tapete na hora de Serra subir a rampa.
FHC não. Esse chega guiado por anjos do Senado. Vão ser escolhidos a dedo por sua filha. A funcionária que recebia sem trabalhar, inclusive horas extras e agora pediu demissão por se sentir indignada com a crítica. Vem num avião celestial que nem aquele ministro que tem o sobrenome de Direito e faz parte da STF DANTAS INCORPORATION LTD.
A moça anda de liteira no vizinho país São Paulo. Fala a mesma língua e faz fronteira com o Brasil, mas é propriedade tucana/FIESP/DASLU.
Salada mista? Metralhadora giratória? Tiro para todos os lados?
Nada disso. Cada fato desses se encadeia num todo e o presidente da Venezuela sabe disso quando afirma que a OEA – Organização dos Estados Americanos – não tem mais sentido. E que a Europa exala um cheiro podre. É mofo dos tempos de Dom João Banana renascido em gente como Berlusconi.
E terrorista é Battisti. E culpado disso tudo é Protógenes.
Parlamento de empoados bolorentos.