ESSAS QUADRILHAS CHAMADAS BANCOS E SEUS CHEFÕES OS BANQUEIROS

O jornal britânico THE TIMES fez um levantamento sobre bancos e crise financeira e os dados não diferem da conclusão elementar, como diria Sherlock Holmes ao doutor Watson. Bancos são quadrilhas e banqueiros são chefões. Qualquer máfia, qualquer organização criminosa seja ela legalizada (caso dos bancos, grandes empresas e latifúndio) ou não consegue superar banqueiros em perversidade.
E nem existem diferenças entre banqueiros maiores ou menores. São simplesmente banqueiros, gerados nas entranhas de Wall Street, protegidos mundo afora por Washington e sustentados pelo cidadão cá embaixo que paga tudo. O LLOYDS TSB, um banco da antiga Grã Bretanha (hoje principal colônia norte-americana na Europa) pegou a modesta quantia de cinco e meio bilhões de libras para regularizar suas contas e gastou algo em torno de nove milhões para montar uma festa de Natal para seus empregados no extinto Reino Unido. Cerca de 25 libras por pessoa, para um número em torno de cem mil funcionários.
O governo do vice-reino de Tio Sam na Europa vai gastar na casa do meio trilhão de libras para salvar os bancos, cabendo a cada "patriota" contribuir com a modesta soma de oito mil libras por habitante.
E quem dá calote é o governo do Equador. Piratas são alguns somalis. Terrorista é bin Laden.
Já o BANCO REAL DA ESCÓCIA (HBOS)  está oferecendo um jantar dançante em Birmingham para mil e quinhentas pessoas, todos convidados especiais, incluindo quartos de hotel cinco estrelas gratuitos. Como são clientes de porte da "instituição" receberam antes a consulta sobre se compareceriam com suas esposas, ou outras que tais, ou preferiam que o banco lhes enviasse como brinde companhia a partir de um book remetido com o convite.
Entre os convidados, lógico, ministros, deputados, senadores, embaixadores, empresários, toda a patranha adrede preparada com todos os cuidados para não chocar eventuais mortais que não alcançam o significado divino dos bancos e banqueiros, na tarefa de extorquir, etc, etc, no paraíso do deus mercado. Sobre condes, marqueses, duques etc, devem ter sido chamados a servir de garçons, a nobreza hoje anda meio que de fraque e cartola furados.
Banqueiros resolveram sair das catacumbas e mostrar as caras.
Ou caratonhas.
O dinheiro que sua majestade vai gastar para salvar bancos daria, segundo o mesmo THE TIMES – que soa tal e qual o Big Ben – daria para construir quatro mil novos hospitais ao custo de 125 milhões de libras cada um deles.
Vai daí que irresponsável é Hugo Chávez, que cisma de pegar a grana do petróleo e investir em moradia, saúde, educação e não aceita palpites da Marquesa de Rabicó (pobre Emília) a vetusta senhora Miriam Leitão, profetiza do deus mercado na santa crise.
A GENERAL MOTORS/MORTOS perde cinqüenta e dois mil dólares por minuto, cálculo exibido no mesmo jornal e cobra do governo de seu país, a sede, a matriz, uma ajuda bilionária para evitar a falência e, consequentemente, interromper o "progresso" e não "garantir" os empregos.
Aqui entre nós o condestável Ermírio de Moraes, gerador de "progresso", "empregos", plantador de desenvolvimento sustentável, vê sua ARACRUZ ir para o brejo nos movimentos da tal crise, com olhos grandes de mafiosos maiores que ele de olho no "patrimônio". Tem, no máximo, até o final do ano para pagar algumas contas ou tomar mais dinheiro do governo Lula e sua versão de capitalismo a brasileira com pitadas de neoliberalismo populista, tudo na esteira da campanha "salve os bancos". É a mesma conversa fiada da ditadura militar naquele negócio de "dê ouro para o bem do Brasil".
Cadê o ouro que estava aqui? O rato derreteu, fundiu e está guardado nos cofres do patriotismo.
Como é que pode um presidente do Paraguai, país dizimado pela Grã Bretanha (opa! Os britânicos, à época, preferiam pagar aos brasileiros) querer discutir em condições de igualdade com uma potência latina, o Brasil?
Ou o Paraguai recolha-se à sua insignificância, ou vai ficar em luz. Pior, o general Elito pode cismar de fazer manobras em território do que considera província, no acordo que foi negociado a grossas propinas por generais como Costa Cavalcanti, nos tempos da ditadura, nos negócios de Itaipu.
Já as festas patrocinadas por banqueiros brasileiros e não brasileiros em resorts na Bahia são apenas para juízes convidados e capazes de entender a dura missão do juro nosso de cada dia.
Dia desses um juiz deixou de conceder uma liminar a um cidadão comum que ousou questionar bancos e juros, alegando não ter idéia formada sobre se os juros eram altos ou não. Pobre alma. Vai ganhar um cartão de crédito celestial com direito a passagem pela Disneyworld.  E bater o sininho que abre o pregão em Wall Street.
Tente só imaginar o que seriam quatro mil novos hospitais, alguns deles na África, onde sua majestade costuma passear em safáris ecológicos? Ou o rei da Espanha costuma em suas caçadas matar dentro dos limites de sobrevivência de cada espécie?
O governo da Bolívia, Evo Morales, anunciou o fim do analfabetismo em seu país. É difícil entender o porquê das elites estarem contra o presidente bolivariano? E Evo fez mais, afirmou taxativamente que é preciso salvar a humanidade do "capitalismo".
"Heresia" pura. Os franceses questionam Nicolas Sarkozy que resolveu passar uns dias na Bahia ao lado de sua mulher qualquer coisa Bruni, em tempos de crise. A moça em questão foi celebrar a piedade numa favela do Rio de Janeiro com direito a bolo e uns docinhos.
Nesse dia o "caveirão" de Sérgio Cabral não apareceu. Nem o BOPE. Só a piedade.
É Natal meu caro e a data celebra o nascimento de um cara que cismou de nascer numa manjedoura, quando tinha a disposição todos os castelos de tantos quantos Herodes matam crianças espalhadas pelo mundo da fome.
Era só raciocinar em termos de juros, percentagem.
Insisto. Beira-mar é ladrão de galinhas perto dessa gente. Que guarda o dinheiro dele e bem guardadinho.
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