Na verdade estava apenas ensaiando os passos para abortar algumas manobras em sua cidade, Juiz de Fora, que considera feudo eleitoral. Aécio correu e mesmo não tendo feito coisa alguma na região de Itamar, muito menos Juiz de Fora, não se sabe bem porque mantém o ex-presidente a leite no pires, abortou a crise no meio.
O governador de Minas, que mora no Rio, é um dos maiores embustes da política brasileira, o contrário do avô Tancredo. Está em todas. Se alguém prestar atenção a qualquer fala ou discurso de Aecinho vai ver que não muda nem a vírgula. É sempre a mesma coisa.
Minas Gerais é governada hoje por duas figuras. A irmã de Aécio, Andréia Neves e o vice-governador Anastasia não sei das quantas. Cada um cuida do seu setor. Dividiram o governo em dois e Minas vai que vai na doce ilusão que anda para a frente.
Em meio a essa confusão toda, confusão só para complicar e não explicar coisa alguma, está o banqueiro Daniel Dantas. Percebe-se que o latifúndio de Dantas deita-se pelo PT, pelo PSDB, passa por agremiações menores como os DEMocratas e controla o Estado brasileiro nos grandes "negócios" gerados no governo de FHV (Fernando Henrique Vende), as tais privatizações.
Aécio é sócio de Daniel Dantas na CEMIG. O governo entra com o dinheiro e o banqueiro sai com o lucro. A "sociedade" começou no governo do pastel Eduardo Azeredo (que não anda e fala ao mesmo tempo do contrário cai e não levanta mais). Está a pleno vapor e a grandes "negociatas" no governo Aécio, tudo dividido em família literalmente e famílias mafiosas.
Foi de Dantas a sugestão do mensalão via Marcos Valério (laranja) para tentar reeleger Azeredo e que pegou todo o conjunto tucano em Minas. Foi onde apareceu o deputado Custódio Matos brindado com 20 mil reais. E foi onde o esquema petista se abrigou nos primeiros momentos do governo Lula, imaginando que fosse mera questão de transposição. Sai um entra outro, como se os que saíram não fossem colocar a boca no trombone.
Esse negócio de quero o meu é complicado. Quem perde quer sempre achar um jeito de salvar uns trocados e acaba que caem todos nos mesmo balaio.
Aécio, por exemplo, elevou os pagamentos de dividendos da CEMIG de 5% para 50% , duplicando a retirada de Dantas.
É só uma questão de retrospectiva, de memória. Azeredo privatizou 33% da CEMIG para um consórcio estrangeiro montado por Dantas com a AES e a SOUTHERN ELETRIC. Um acordo entre os acionistas, o consórcio e o governo do estado, permitiu a um sócio minoritário, Dantas, assumir o controle da empresa.
Justiça seja feita no governo Itamar Dantas ficou fora da jogada, fora do esquema e só retornou com a eleição de Aécio. No Conselho de Administração e Fiscal da CEMIG estão, lado a lado, AÉCIO FERREIRA DA CUNHA (pai do governador), MARIA AMÁLIA DELFIM DE MELO COUTRIN (uma das cabeças do grupo Oportunity, presa na Operação Satiagraha) e Luís Otávio Nunes West, cotista identificado na perícia feita no HD de um dos computadores do Oportunity Fund, em Cayman, preso em operação policial por suspeita de evasão de divisas.
O quadro abaixo, "CEMIG – RELAÇÕES COM INVESTIDORES" prova o esquema.
Fontes - Valor Econômico, Nassif (em 2003 na Folha de SP)
Dá para entender agora por que a energia da CEMIG é a mais cara do País?
E a gente aqui preocupado com os negócios de merreca do Pastinha Marcus Pestana, ou do Pastinha Custódio Matos, diante dos negócios de bilhões do Pastão Aécio e dessa turma toda.
E Jobim querendo que as fontes dos jornalistas sejam obrigatoriamente identificadas, no esquema de saber quem contou, quem falou, saber quem revelou isso e aquilo, quebrar o direito de sigilo das fontes, coisa de máfias para silenciar quem sabe.
Quem sabe e não aceita.
O modelo é esse, está falido. Como é que gilmar mendes, funcionário de Dantas no supremo tribunal federal vai poder acabar com algemas para banqueiros, conceder hábeas corpus ao patrão?
Eu achei que poderíamos mudar de nome. Brasil para Roça de Cana. Mas não, o nome é outro. O que a gente costumava chamar de Casa da Sogra, é na verdade Casa do Dantas.
Duro mesmo vai ser quando a quebradeira geral nos EUA chegar por aqui, nesse negócio de papel para lá, papel para cá e lastro nenhum. Aécio vai para Cayman, ou um desses paraísos.
A conta não. Fica por aqui para o cidadão que acha que essa gente vale alguma coisa.