ONDE O BICHO PEGA. CARLOS LESSA O ESPÍRITO CELSO FURTADO

Primeiro foi o narcotraficante Álvaro Uribe visitando a casa do BBC (Big Brother Colômbia). Foi lá cumprimentou os participantes, falou do seu governo, incentivou a turma a disputar o prêmio final, fez a média que julgou necessária a seu governo que mistura pantomimas e atos de terrorismo contra países vizinhos e seu próprio povo. Entre as pantomimas o tal computador indestrutível de Raul Reyes.

Agora Lula, que não é nenhum terrorista e nem ligado ao crime como Uribe, aparece no Faustão, o supra sumo da mediocridade televisiva aos domingos. Espécie de intervalo entre o futebol e o FANTÁSTICO. O tempo que a numerosa família Homer Simpson (visão deles, de William Bonner) gasta para tomar um banho, fazer um lanche, enquanto se prepara para receber a carga de mentira glamourizada das "forças midiáticas globais", envolvidas numa guerra de grandes proporções para derrotar as forças do mal.

Trem tá brabo sô!

Bush tem mania de colocar um blusão de couro de pilotos de caças e formar a tropa na pista de um porta-aviões. Entra em delírio quando a turma presta continência e o terrorista faz o discurso básico aos "nossos bravos rapazes". Quando há um contratempo queima os corpos dos "bravos rapazes" em crematórios de animais. Para despistar o fracasso e as derrotas que se sucedem no Iraque.

está remontando a Quarta Frota, especialista em intervenções e golpes na América Latina, a do Sul principalmente, depois que a democracia começou a não dar certo para eles. Os povos sul americanos cismaram de não obedecer às ordens de só votar em gente padrão FHC, Serra e mudaram em vários países, alguns com radicalidade absoluta, caso da Venezuela, da Bolívia, do Equador e agora do Paraguai.

Vem aí um monte de guerras libertadoras e as principais bases são a Colômbia e o narcotráfico, o Peru e Alan Garcia, além de generais Heleno/Baduel cooptados na esteira dos grandes "negócios" da turma que controla o fluxo de grana.

O resto... Bem o resto é como diz o "general" William Bonner: Homer Simpson.

Importante é saber que o casal Nardoni está preso, que Ronaldo fez as pazes com a namorada e que o marido de Ana Maria Braga está procurando um especialista para interromper o processo de envelhecimento.

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Conceito do "general" William Bonner sobre o telespectador brasileiro, que se estende a todo o conjunto de seres com aparência humana e na verdade "robôs" ou gado feliz na definição precisa de Zé Ramalho (o cartoon e de Jal)
O ex-ministro, ex-deputado José Dirceu, figura de proa no PT, escreveu em seu blog sobre as alianças do seu partido para as eleições municipais. Defendeu acordos com o PMDB e foi matemático ao dizer que assim esses partidos em 2010 fazem o sucessor de Lula. Vale dizer derrotam o candidato FIESP/DASLU, José Serra que já definiu através de seu secretário Guilherme Afif Domingos que "dos brasileiros só o paulista trabalha". Vale dizer, o resto é vagabundo.

O ministro da Saúde deve ser aquele médico baiano que disse que o povo de seu estado tem um QI inferior ao dos demais brasileiros. Falo de Serra. O que quando foi ministro queria um "mutirão de cirurgias", tudo num dia só, operava pela manhã, ia para a casa à tarde para desocupar os leitos e permitir nova sessão de carniceiros. Médicos recusaram, lógico.

O presidente escolhido pela GLOBO e pela grande mídia deve ter lido Mengele a exaustão.

Tem aí o crematório que crema animais. Bush usa para queimar soldados que tombam na crescente derrota militar no Iraque.

O economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES no primeiro mandato Lula e afastado por não compactuar com esses "negócios" de VALE, ARACRUZ, essas parcerias do PAC que terminam em absolvição de latifundiários, coisas que tais, esteve em Juiz de Fora onde falou num seminário promovido pelo PMDB local (deu a sensação de ser o que o PT sempre quis e jamais conseguiu no frenesi de partido de um homem só, Lula).

Entre outras coisas usou a expressão "conviviabilidade" como vetor básico da construção de uma cidade. Carlos Lessa que ultrapassa os limites da economia para inscrever-se como humanista na dimensão de um Celso Furtado, ou na escola de Celso Furtado, disse que a cidade começa "entre quatro paredes", na casa, na família.

Falou de comer, de dormir, de conversar, de angústias, de informação, de carinho, abraços e beijos, definindo o usuário da cidade e o momento que ele se inscreve no todo, ao abrir a porta e sair para buscar "num determinado espaço físico", a realidade", que não é essa que está aí.

Buscar o "ar" que é essencial à vida numa e noutra dimensão, a do sobreviver o corpo, a encontrar a vida/alma em sua plenitude cidadã. Para isso é preciso que "se interesse", que o usuário da cidade "se interesse".

É difícil para boa parte dos adoradores de celulares, condicionados segundo a ótica da ficção de realidade, o mercado, entender a importância do sorriso sem preocupações "colgate", ou qualquer outro que deixa mais branco e evita cáries.

Resgatou a Ágora da Pólis, na dimensão de tempo e espaço atuais, mas na essência de seu significado. E foi profético: "se isso não acontecer a República irá se desintegrar". República para ele tem o conceito que conhecemos e o amplo, "coisa pública". Fundamental.

"Somos um povo festeiro" disse o professor. O brasileiro "vive sempre na angústia". Precisa entender o significado da magnitude do Círio de Nazaré, um exemplo que citou.

O diagnóstico preciso do homem que transcende a lógica perversa e fria das pastas e pastinhas, para alcançar o caminho existencial numa só palavra – conviviabilidade - .

O conceito de progresso como festa comum a todos, na característica cultural de nossa gente sem a "cordialidade" de Buarque de Holanda, no seu sentido de passividade, o Homer Simpson. Mas na cordialidade cidadã da percepção que quando se abre a porta é preciso enxergar a roseira para que não sobrevenha o vazio, mesmo na ilusão de estar preenchido, referia-se ao ser.

Foi-se Carlos Lessa, semana passada Marina da Silva e claro está que sem exercício cidadão da luta não chegaremos a lugar algum, exceto "o fim do planeta e da vida", como sentenciou o professor Lessa.

O presidente acaba no Faustão.

Bicho pega é aí. É na praça, lúdica, cidadã, democrática, que se constrói a cidade e é na cidade que se constrói todo o resto. E começa entre quatro paredes.

Que bom que exista ainda quem pense assim e com o porte de Carlos Lessa. O diabo é convencer a multidão que acha que shopping é meio de vida e progresso.

Tem festa, tem praça, tem roseira. Não é só bom dia, boa tarde, até amanhã.

É vida.
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