O eventualmente senador Gérson Camata enfrenta dentro de dois anos uma
nova disputa eleitoral. Vai buscar a renovação de seu mandato de
senador marido de deputada (Rita Camata).
O ex-deputado José Bonifácio de Andrada (aquele que um dia pediram para
ser “menos Zezinho e mais Andrada) costumava dizer que “o melhor
emprego do mundo é o de deputado. Não tem horário, ganha bem e só dá
satisfações de quatro em quatro anos”. O de senador então é supimpa. O
mandato é de oito anos.
No caso do senador marido da deputada há indicativos que está buscando recursos para sua campanha à reeleição. A anterior foi financiada pela Companhia Vale do Rio Doce, empresas de Antônio Ermírio de Moraes, tudo como registrado sem pudor algum na prestação de contas feitas ao Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo e ao Tribunal Superior Eleitoral.
Cumprindo aquela peregrinação de puxar o saco ao máximo, mostrar serviço sem qualquer preocupação com escrúpulo ou coisa parecida, desde que continue senador. Faz parte do time que acha que “feio é perder, não importa o jeito de ganhar”.
O Espírito Santo hoje foi dominado por outro tipo de crime organizado. O que tem a lei a seu favor. As grandes empresas. O estado está sendo devastado por esse tipo de gente. VALE e ARACRUZ são os novos chefões das terras capixabas.
Gérson Camata num desses desvarios de quem quer ser mais realista que o rei disse num discurso ao Senado que as FARCs (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) atuam em Minas e no Espírito Santo através de um conjunto de movimentos populares que tenta resistir aos pistoleiros das empresas que o ajudaram a comprar o mandato. Tem praia por lá que nem existe mais.
Deve ter citado Minas Gerais por sua profunda amizade com o governador Aécio Neves, tipo laços de família. Amizade com tal ardor e fervor que sugere consangüinidade. Partilha.
Senado é uma dessas tralhas que a gente guarda num baú por algum tempo até que percebe que não tem utilidade alguma e ou doa a um bazar (se puder ser útil a alguém) ou joga fora. E dá um trabalho danado para o serviço de limpeza urbana, pois nem sempre cabe no saco de lixo, via de regra arrebenta o plástico que é produzido por empresas que financiam senadores e vai por adiante.
A figura em si, Camata, falo do marido, tem uma peculiaridade que o torna membro honorário do clube dos ridículos. Como é careca, tem a mania de pinçar os fios que sobrevivem e juntá-los numa “praça” no alto do cocuruto e procurar dar a impressão de basta cabeleira.
Pode requisitar a REDE GLOBO um batalhão do “general” William Bonner para combater as FARCs em seu Estado e outro para ajudar seu parceiro Aécio Neves, em Minas, até porque o governador mineiro mora no Rio.
Não é que o dito senador, marido da deputada, quer uma CPI apurar as ligações das FARCs com o PT. Mas logo com o PT? Fazendo acordo com o PSDB para todos os lados inclusive com Aécio?
O cara passa seis anos do mandato de senador fingindo que trabalha, num super emprego, mas recebendo o dele, lógico e de repente sai da cova e destrambelha numa palhaçada dessas, sem tamanho.
É sério candidato ao troféu Zé Pastinha na categoria cara de pau alucinado. Vai ter chance de aproveitar a ocasião vir a Minas e recebê-lo na sede/hotel superfaturado, rodeado de luzes natalinas, mas cuidado com as fotografias. Vai estar rodeado de mesas de sinuca com caçapas para todos os lados. Pior ainda se o troféu for entregue pelo próprio, o Zé original.
Por que não uma CPI sobre a crise existencial de Narcisa Tamborindeguy? Mais próprio e adequado ao meio que o marido da deputada vive. A “socialite” em questão disparou contra outro general da GLOBO, Boninho, o que comanda o bordel BBB e atira ovos podres em “vagabundas”, dizendo que o moço não paga a pensão alimentícia e de quebra ofendeu Glória Maria, antiga parceira de festas de reveillon, chamando-a de “chata”.
E ameaçou ao dizer que está em negociação para participar do programa de Luciana Gimenez na tevê com um quadro próprio. Isso sim vale uma CPI. Ameaça à segurança nacional e a inteligência mínima do distinto público.
Boninho deve ter gasto o dinheiro todo em ovos e éter para apodrecê-los, por isso não paga a pensão e Narcisa, quando está de bom humor atira rosas sobre as “vagabundas”. Isso é desvio de verba para a guerra decretada pela GLOBO contra a Venezuela. Vai faltar ração para a tropa. E ração vitaminada.
E antes que a notícia corresse mundo a assessoria do programa de Luciana Gimenez desmentiu qualquer negociação com a moça.
Ou outra sobre os efeitos do botox na conjuntura nacional e internacional? Uma CPI e tanto. Lavraria um tento ouvindo a opinião de personal trainers, do tal cirurgião que vende o modelo “bunda carioca” a quem quiser.
E traria de volta os altos índices de audiência nas transmissões pela tevê Senado das reuniões das ditas comissões, já que os institutos que cuidam do assunto detectaram que esses índices estão despencados na CPI dos cartões corporativos. Ainda mais se passasse a disparatar em dupla com Artur Virgílio, o tenor desafinado dessa ópera bufa que desocupados teimam em apresentar ao povo brasileiro.
Podia até dar uma chance propondo uma CPI sobre pastas. Pasta rosa, Zé Pastinha (oi mãe, tô aqui), pasta de dente, sapólio em pasta, mas CPI sobre ligações das FARCs com o PT e atuação das FARCs no Espírito Santo e em Minas?
O Senado deve ter um medidor de vergonha. Se não tiver está lascado. No caso do senador marido da deputada deve dar algo em torno de menos cem/sem.
Laerte Braga, jornalista com passagem por jornais como o DIÁRIO MERCANTIL, ESTADO DE MINAS, O JORNAL, AGÊNCIA MERIDIONAL - todos da antiga cadeia DIÁRIOS ASSOCIADOS -, publicação atualmente em sites, Blogs e jornais da imprensa alternativa.