Campanha UNiTE trabalha para o fim da violência feminina. Foto: ONU Mulheres Samoa
Chefe da ONU Mulheres lidera evento, nesta quinta, na sede da organização pedindo a todos que se “levantem, caminhem, dancem e exijam o fim da violência.”
As Nações Unidas realizam, nesta quinta-feira, 15, um evento para pedir que 1 bilhão de homens e mulheres participem, em todo o mundo, uma campanha pelo fim da violência à mulher.
Em Nova York, a iniciativa será presidida pela chefe da entidade ONU Mulheres, Michelle Bachelet. A iniciativa pretende levar 1 bilhão de pessoas em todo o mundo a se levantarem, dançarem e caminharem exigindo o fim da violência.
Vantagem
De Quelimane, em Moçambique, a diretora-executiva do Núcleo de Associações Femininas da Zambézia, Cândida Quintano, falou sobre a vantagem de envolver os homens em ações de combate à violência feminina.
“Quando os homens estão dialogando com outros homens, eles param um pouco para fazer as reflexões daquilo que são as desigualdades, daquilo que foi o seu modo de sociabilização. E, eles vão tentando corrigir, um pouco, daquilo que foi a sua maneira como foram educados: para serem homens, fortes, capazes e violentos. Eles começam a se perceber que as relações que se estabelecem entre homens e mulheres não têm que ter esta perspectiva do uso de força.”
Espancamentos
Segundo as Nações Unidas, a violência contra mulheres e crianças é uma das formas mais comuns de violação dos direitos humanos. Em alguns países, até 70% das mulheres vão sofrer com espancamentos, estupros, mutilações e outros abusos.
Acabar com este tipo de violência é uma das prioridades da ONU Mulheres. A entidade também coordena a campanha do Secretário-Geral UNiTE, que apoia o fim das agressões.
Além disso, a agência incentiva líderes de todo o mundo a cumprirem suas promessas de por um fim na violência a mulheres.
Cultura de Impunidade
Em mensagem, divulgada nesta quinta-feira, para marcar a campanha de 1 bilhão de pessoas, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, disse que a violência a mulheres é uma espécie “de pandemia que se multiplica numa cultura de discriminação e impunidade”.
Ele lembrou que líderes internacionais irão se reunir, em menos de três semanas, na sede da ONU para o encontro da Comissão sobre o Estatuto da Mulher. Ao todo, 18 países já se comprometeram em participar da iniciativa para acabar com a violência feminina.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
(Rádio ONU)