"Os reatores não voltarão a operar de novo até que sua segurança esteja assegurada por uma entidade reguladora independente, com base no conhecimento científico", disse o ministro do novo governo de direita. "No entanto, a partir do momento em que um reator for considerado seguro, o governo irá decidir se ele deverá voltar a operar tendo em conta suas responsabilidades", acrescentou.
O governo anterior de centro-esquerda, liderado por Yoshihiko Noda, decidiu reduzir o uso da energia nuclear programando o não emprego da mesma a partir da década de 2030. Antes de estabelecer esta posição, Noda autorizou a reentrada em serviço de duas unidades dentre as cinquenta que compõem o parque japonês - as outras quarenta e oito foram mantidas paradas para serem submetidas a exames de segurança.
O Partido Liberal Democrata (PLD) de Shinzo Abe acredita que dificilmente o Japão pode dispensar a energia nuclear por razões econômicas. O PLD, agremiação de direita, obteve uma grande vitória nas eleições legislativas antecipadas de 16 de dezembro, apesar da aversão da população nipônica à energia nuclear após o acidente ocorrido na central de Fukushima após o terremoto e o tsunami de 11 de março de 2011.
Tradução: Argemiro Pertence