Nos EUA o assassino em série, Charles Manson, condenado à prisão perpétua, faleceu em um hospital por complicações de saúde. O especialista Aleksandr Kubyshkin, em entrevista à Rádio Sputnik, referiu-se a Manson como uma figura obscura de um período controverso da história norte-americana.
Charles Manson morreu aos 83 anos. Debra Tate, irmã da atriz Sharon Tate – uma das vítimas do assassino norte-americano, confirmou ao portal TMZ que Charles Manson faleceu no domingo (19).
O ano de 1969 foi palco do seu crime mais sangrento: em agosto Manson matou sete pessoas, entre elas estava Sharon Tate, esposa do diretor cinematográfico Roman Polanski. Com a eliminação da lei sobre execução na Califórnia, ele foi condenado à prisão perpétua.
A notícia sobre sua hospitalização saiu ainda na semana passada. O departamento de execuções e reabilitação de prisioneiros da Califórnia confirmou falecimento de morte natural do assassino em série.
O professor da Universidade Estatal de São Petersburgo, Aleksandr Kubyshkin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, contou por que a imagem de Charles Manson foi inserida tão firmemente na cultura norte-americana.
"A imagem de Charles Manson faz parte da 'subcultura do protesto', cultura disseminada nos EUA desde os finais de 1950, em especial nos anos 60 e 70. Trata-se de uma figura muito obscura de um período controverso da história norte-americana."
"Seitas satânicas, proliferadas por todo território dos EUA na época, refletiam uma situação bastante específica da vida intelectual e espiritual do país atingido por uma crise gravíssima devido à Guerra do Vietnã, aos movimentos pelos direitos civis e pela liberdade das mulheres […] Em meio a isso, surgiram movimentos culturais alternativos, incluindo cultura satânica ligada a seitas pseudorreligiosas que defendiam um estilo de vida amoral, amor livre etc", disse Aleksandr Kubyshkin.
Para o especialista, os crimes cometidos por Manson e seus cúmplices se tornaram uma página triste da história norte-americana."Manson era um homem ambicioso. Na cadeia ele se dedicou à música, e, se não me engano, até tentou fazer parte de um grupo musical famoso na época – The Monkees."
A banda anunciou o concurso para escolha de novo integrante; Manson era um dos 400 candidatos. Contudo, não conseguiu. Ao sair da prisão, ele criou uma comunidade que propagava uma convivência livre, bem como princípios de ódio racial, violência e satanismo.
*Agência VIU! com Sputnik News