“Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou Nelson Rodrigues, 45.
“Nossa motivação é a solidariedade”, assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61
“Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros”, destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. “O salário é suficiente”, complementou Natasha Romero Sanches, 44.
Poucas frases, mas que soam como se estivessem sendo ditas por seres de outro planeta no Brasil que vivemos.
o documentário sicko, do americano michael moore, nunca foi tão providencial para o momento que vivemos no brasil. mostra a diferença do tratamento da indústria da saúde dado a alguns voluntários de 11 de setembro no seu próprio país e do tratamento gratuito que receberam na ilha caribenha. não é uma apologia ao regime socialista, serve mais para iluminar conceitos e preconceitos que, durante 50 anos, fomos alimentados como frangos em uma fazenda, sem outra opção a não ser abrir a boca para o que servirem. não é sobre o regime dos castro, e sim sobre este ponto que deu e dá certo, o da saúde, que, convenhamos, ao lado da educação é essencial para um povo. devíamos ter como exemplo de sistema público de saúde no brasil e no mundo. por quê? porque algumas coisas não deveriam ser um negócio.
quanto àqueles que, de repente, estão preocupados com quanto estão ganhando os médicos cubanos, será que a preocupação é proporcional com os milhares de brasileiros que nunca tiveram assistência médica? a resposta eu já sei. o problema não são os médicos cubanos, se não viessem, seriam outros os problemas. afinal, para estes, tudo que ''este'' governo faz de positivo tem algum objetivo obscuro, podre ou é eleitoreiro. estes merecem a vida de frango de fazenda.
Pra quem quiser assistir o documentário completo: http://vimeo.com/27262137