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Agência Estado
O técnico Jordi Ribera é o sonho de consumo de clubes europeus. O desafio da Confederação Brasileira de Handebol é convencer o treinador de que os projetos nacionais são ainda mais recompensadores que os euros.
O supertécnico Ribera - que cuida de todas as seleções masculinas, de infantil a adulto - é um obcecado por handebol, o equivalente a Bernardinho na seleção masculina de vôlei (vai até a jogos escolares), e tem convite de um clube espanhol para deixar o Brasil depois do Pan do Rio.
"Minha primeira opção para o problema? É fazer o Jordi ficar", disse o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira. Ganhar o ouro no Pan - a Argentina é o principal rival - pode ajudar a convencer Ribera. O campeão no Rio assegura vaga na Olimpíada de Pequim-2008.
A CBHb, com orçamento anual de R$ 6 milhões (obtidos através da Lei Piva, Petrobras e de outros patrocínios), vem recebendo currículos de técnicos do mundo todo - "ex-atletas e treinadores da Alemanha, Dinamarca, Noruega, França, Rússia e Sérvia" - e pode até optar por solução caseira. Mas ainda prefere Ribera, que trouxe proposta de desenvolvimento na base, e tecnologias para a avaliação de talentos.
O técnico da seleção feminina, o também espanhol Juan Oliver, vive no Brasil apenas uma parte do ano - de um grupo de 20 jogadoras convocáveis, 16 estão na Europa. Sétima colocada no Mundial, é favorita no Pan.
O trabalho com o masculino, 19º no Mundial, é mais difícil, tanto pela competitividade internacional quanto pelo estágio em que o Brasil se encontra. Para o Pan, os jogadores receberam incentivo extra - ajuda de custo de R$ 14 mil cada um por sete meses - e cobranças de Ribera.
"Planejamos ganhar os dois primeiros ouros dos esportes coletivos", diz Manoel. A disputa do handebol começa em 13 de julho, com o feminino. O sorteio da tabela será em 14 de maio - dias 15, 16 e 17, o Brasil joga um quadrangular com Rússia, Espanha e México, no Riocentro.
Torcedor poderá escolher ingresso do Pan para ver Brasil
Agência Estado
O torcedor terá condições de saber, quando começar a comercialização de ingressos para os Jogos Pan-Americanos do Rio, pelo menos quais serão os dias e horários em que o Brasil vai atuar nos esportes coletivos, em suas fases classificatórias. O adversário, porém, ainda será uma incógnita - exceto para basquete, softbol e hóquei sobre a grama.
O Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos (Co-Rio) encontrou hoje uma fórmula para não deixar o torcedor comprar um tíquete "completamente no escuro" a partir do dia 27 deste mês, quando começará a comercialização dos ingressos para o Pan. A solução que vai permitir visualizar no site de vendas quando o Brasil atuará foi conseguida graças a uma benesse concedida pelos promotores da competição continental.
"O Brasil, por ser o país-sede, já tem seus jogos apontados na fase de classificação dos esportes coletivos. Essa posição estará disponível para os interessados em comprar os ingressos", divulgou em nota o Co-Rio.
O impasse, no entanto, permanece quanto à ausência dos confrontos dos demais países. Assim, ao acessar o site para comprar os ingressos, o torcedor encontrará dia e hora dos confrontos do Brasil, mas não saberá seus adversários, porque as tabelas completas dependem da aprovação das entidades de cada esporte. O Co-Rio ainda informou que, além do basquete, hóquei sobre grama e softbol também aprovaram seus confrontos. Mas modalidades como o vôlei, futebol e futsal permanecem sem definição.
Sobre a possibilidade de ser alvo de processos por parte dos torcedores pela falta de informações na comercialização das entradas, por desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, o Co-Rio foi sintético: "A venda de ingressos está sendo discutida com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro"