Para a revista VEJA o presidente russo Vladimir Putin, virou o vilão de todos os malfeitos do mundo. Putin tem 83% de aprovação dos russos, mas segundo VEJA é um novo Hitler. “Há uma diferença fundamental entre ele eu”, disse Putin, “ele abria o gás, eu fecho”.
Essa visão solerte do governante russo começou logo após a reunião dos países do BRICS, em Fortaleza, quando se criou um bando de desenvolvimento, alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, além de uma série de decisões que facilitam o comércio entre os países membros, além da abertura futura a outras nações. Isso é impensável para os EUA, VEJA segue a risca a cartilha do Departamento de Estado.
Para o presidente Barack Obama, Putin foi o responsável pela derrubada de um avião zona de guerra. Seu avião havia passado por lá uma hora antes e era o alvo do míssil do governo nazista de Kiev.
O perdão à divida de 39 bilhões de Cuba com a Rússia levou VEJA a histeria e definitivamente Putin virou o novo Drácula. Pior, anunciou investimentos em toda a América Latina, inclusive Cuba, deixando explícito que vai ajudar o país a superar o bloqueio nort-americano.
O jornal FOLHA DE SÃO PAULO, em manchete de primeira página, edição do dia 20 de julho, acusa o candidato tucano Aécio Neves de ter construído um aeroporto numa fazenda de um tio, ao custo de 14 milhões. É em Cláudio, onde ele, a mãe (casada com o banqueiro Gilberto Farias) e as irmãs possuem fazendas. Quando lá vai, pousa no aeroporto particular, a despeito da desapropriação por um milhão de reais.
Não foi homologado pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – e vai ser objeto de investigações. Não seria e nem é um despropósito imaginar que os helicópteros com quilos de cocaína da família Perrela pousem por lá em segurança plena e absoluta. É sabida a ligação do candidato com o senador e seu filho e sua condição de usuário de drogas.
O impensável é a FOLHA denunciando o fato, mesmo sendo um jornal ligado a José Serra, inimigo de Aécio. No dia seguinte outra revelação. A empresa construtora do aeroporto doou dinheiro vivo às campanhas dele Aécio e de Antônio Anastasia, ex-governador e candidato ao Senado. Valores pequenos, mas no mercado das propinas, o custo de 14 milhões sugere 20%, 2,8 milhões de reais. Nada disso está contabilizado é lógico.
Ou o acerto com o jornal fracassou, ou José Serra está destilando seu veneno, ou um trem desgovernou na FOLHA.
Na quarta-feira, dia 23, o jornal bombardeou Eduardo Campos através do seu candidato ao governo de Pernambuco. Propinas oferecidas a deputados para apoiar o candidato.
No duro mesmo isso significa ou indica que vem chumbo grosso sobre Dilma nas edições seguintes.
Sobre Aécio, essa prática é comum. Carrega a mídia mineira no bolso e mantém Marco Aurélio Carone, que edita o NOVO JORNAL e não foi comprado, na cadeia. É possível que estejam tentando chegar a um acordo, mas é possível também que o candidato tucano esteja sendo bombardeado. É simples, se vence as eleições, tem chances de ser reeleito e Serra se despede da cena política com um provável mandato de senador. O tucano paulista já afirmou que ainda não saiu da luta e tem uma trajetória pela frente.
O desgoverno do trem pode ser aparente, um exercício de malabarismo político para salvar os dedos, já que os anéis se foram.
Eduardo Campos não conta, é para dar cheiro de imparcialidade. Nem Marina quer tirar tantas fotos como quer o “socialista” de Pernambuco. Recusou-se a posar ao lado do governador Geraldo Alckmin.
Esse é outro problema. O que aparentemente é difícil entender, sua larga vantagem nas pesquisas, não tem mistério. A elite FIESP/DASLU sonha ser New York ou Paris e está próxima de ser Paris. A falta d’água a exime de banhos diários. Ficam faltando as baguetes debaixo dos braços.
Em ascensão o mercado de perfumes franceses.
Dilma que se prepare, o trem vem desgovernado e vai descarrilar em denúncias contra a presidente.
Não há dúvidas, definitivamente, São Paulo é um país vizinho que fala a mesma língua, faz fronteira com o Brasil e é governado pela sucessora de FIESP/DASLU, a FIESP/OPUS DEI. Com essa nem Skaf pode.
- Laerte Braga
- Editorial