A concessão de Libra foi saudada por Aécio Neves como “demorada”. A própria mídia de mercado não teve como criticar o processo adotado pelo governo federal e o pronunciamento da presidente da República deu a entender aos brasileiros que o campo permanece sob controle de nosso País, especificamente da PETROBRAS.
Ilusão, nem as dimensões de Libra Dilma Roussef soube definir em seu pronunciamento e tampouco a participação da PETROBRAS que, segundo o governo, melhorou em relação às expectativas.
Esse delírio de Dilma significa que 67% de participação nos resultados é melhor que 85%
FHC não teve coragem de privatizar a PETROBRAS. Sua transformação em PETROBRAX (parece coisa de Eike Batista), levou-o a uma estratégia diferente. Quebrou o monopólio do petróleo e vendeu a maioria esmagadora das ações preferenciais, aquelas que não dão direito a voto, mas têm primazia sobre os lucros, o que significa um imenso poder de pressão.
O que Dilma e nem os tucanos entendem é que a palavra chave hoje é tecnologia. A estatal brasileira está apta a explorar o campo de Libra e a partir dali gerar novas tecnologias, dentre as muitas que já gerou no setor, tornando o Brasil cada vez mais independente.
A China, que por mais que desmintam é a parceira da PETROBRAS em Libra e estamos saindo das mãos de um império decantente, o norte-americano e caindo nas mãos de um império ascendente, o chinês.
Maior importador de petróleo do mundo os chineses hoje são os principais interessados na baixa do preço do barril. Os lucros projetados, com base nos preços atuais são irreais, já que irreal é o mercado.
Quando Libra começa a operar? É um petróleo que está no fundo do mar a sete mil metros. Qual a garantia que as empresas vencedoras do consórcio vão encomendas as plataformas para a exploração no Brasil?
Basta que haja uma mudança de lado da Shell, da francesa e das chinesas e a PETROBRAS é minoritária no todo.
Não há garantia de nada e contratos escritos já foram rompidos.
Uma engenharia de blefes do governo que conta que os demais jogadores à mesa não tenham nenhuma carta capaz de modificar a realidade de um jogo brutal no qual o Brasil vai sendo usado e enrolado.
Continuamos a ser um país manco. Dependentes de tecnologias que poderiam ser geradas aqui, mas o regime exige, a globalização o quer, sejam quais forem os sacrifícios impostos ao povo brasileiro.
O mesmo esquema de privatizações de FHC. Tropas nas ruas, a conversa de mais dinheiro para saúde e educação enquanto o prefeito da cidade do Rio de Janeiro e o governador do estado, Eduardo Paes e Sérgio Cabral sequer querem saber dos professores.
Ou o PIB de Minas recuando 0.1% enquanto Aécio percorre o Brasil e vai aos EUA vender o que restou.
O campo de Libra saiu pelo preço mínimo e o governo já sabia há um mês quais seriam os vencedores. Não há testes para leilões futuros segundo os diretores da PETROBRAS e “nem os chineses tomaram conta do pré-sal”.
Doce ilusão que os brasileiros irão sentir num futuro bem próximo.