O JORNAL DA DITABRANDA DÁ UMA FACADABRANDA NOS INTERNAUTAS

Em sua coluna dominical, a ombudsman da Folha de S. Paulo, Suzana Singer, reconhece que está sendo pessimamente recebida a iniciativa do jornal, de tosquiar os internautas interessados em suas lições sobre ditaduras e ditabrandas:
"Uma onda de reclamações se seguiu ao anúncio de que a Folha passa a cobrar pelo acesso ao conteúdo digital. Muita indignação ('Cobrar vai contra o espírito livre da internet'), ironia ('Fui...'), crítica ('Do jeito que anda o site, vai ser difícil gastar as 20 clicadas') e até tiradas românticas ('Vou sentir falta desse espaço, uma pena terminar assim, sem nenhum afago') foram usadas pelos leitores que ameaçam se divorciar da Folha na web.

Desde quinta-feira, o acesso digital é contado. Quem passar de 20 textos por mês será convidado a fazer um cadastro. Se chegar a 40 links, terá que pagar (R$ 1,90 no primeiro mês, R$ 29,90 nos seguintes).
...É uma estratégia para buscar uma nova fonte de receita sem diminuir drasticamente a audiência, já que ela garante os anúncios".

Bem, afora as reações por ela citadas, há uma outra, a que eu tomei imediatamente: a de cientificá-la de que houve um compromisso de gratuidade para quem aderisse ao UOL, daí os consumidores que adquirimos o pacote sob tal condição termos total direito de exigir a manutenção das regras do jogo.
A Veja foi a primeira a deixar o dito por não dito. Mas, tendo tal revista semanal se tornado o avesso das boas práticas jornalísticas, estando com a credibilidade a zero, ninguém se dispôs a reclamar o cumprimento do pactuado.  Não nos faz falta o viés fascistóide das notícias que já lemos na web e nos jornais.
Com a Folha a questão é outra. É veículo diário e, por mais questionáveis que sejam hoje suas interpretações e opiniões, as informações continuam sendo relevantes. Eu e (acredito) outros veteranos do UOL não aceitaremos a medida resignadamente.
Eis minha mensagem à ombudsman:
PREZADA SUZANA,
SOU ASSINANTE DO UOL HÁ MAIS DE UMA DÉCADA. O PACOTE QUE ADQUIRI ME DAVA, EXPLICITAMENTE, DIREITO À "VEJA" E À "FOLHA DE S. PAULO". FOI O GRANDE MOTIVO PARA EU OPTAR POR TAL PROVEDOR.

A MIM ME PARECE UM ESTUPRO DOS MEUS DIREITOS, COMO CONSUMIDOR, A "FOLHA" VOLTAR ATRÁS DE TAL COMPROMISSO E A "VEJA" TER PASSADO A LIBERAR A REVISTA APENAS NO DIA EM QUE A EDIÇÃO SEGUINTE ENTRA EM BANCA.
AFINAL, AO OPTARMOS PELO PROVEDOR, PASSAMOS A TER UM ENDEREÇO DE E-MAIL QUE PODE TORNAR-SE MUITO CONHECIDO NA WEB. CONHECIDOS O REPASSAM A NÃO CONHECIDOS. ABRIR MÃO DE TAL ENDEREÇO ACARRETA UM PREJUÍZO CONCRETO, POIS MUITOS DEIXARÃO DE NOS PODER CONTATAR.
EU APOSTARIA QUE O O MINISTÉRIO PÚBLICO CONCORDARÁ COMIGO: A MUDANÇA DAS REGRAS DO JOGO SÓ PODERIA SER APLICADA A QUEM O PACOTE NÃO FOI OFERECIDO TENDO A "FOLHA" E A "VEJA" COMO ATRATIVOS PRINCIPAIS, AS AZEITONAS DA EMPADA.
AGUARDO UM POSICIONAMENTO.
ATENCIOSAMENTE,
CELSO LUNGARETTI

* jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

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